Vamos lá, então!


A partir de hoje, doravante e para o futuro, é aqui que podeis ficar a par e passo certo com a actualidade que realmente interessa, à medida que os gatos vão deixando os jornais do dia, ainda a cheirar a peixe, ao pé do Quiosque e à mão de semear da Maria Pandilha, uma vossa criada e criatura fortemente empenhada na livre circulação de informação, ideias e outras merdas.
Por isso as vendo ao preço que as compro, as notícias do dia.
Se cheiram a peixe, a culpa não é minha. Se quereis jornais a cheirar a tinta, comprai-os vós, que isto não é a Santa Casa, gaita!

Vamos lá, então.

sábado, 18 de abril de 2009

Segundo os meteorologistas, regressamos ao chamado "tempo de merda", pelo que, as autoridades sanitárias e da Protecção Civil alertam a população contra os riscos de lavar roupa hoje. O mais certo é não conseguir depois secá-la e a roupa molhada a secar num alguidar ganha mofo e cheira mal.
De resto, todos os jornais de hoje concordam numa coisa: é Sábado e assim como assim, já na semana passada também foi e sobrevivemos !

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Ora aí está, que esta sim é uma manchete surpreendente! Por mais que uma razão, mas esta só já chega. Este facto, de hoje a Cultura merecer destaque e manchete, pelo menos no jornal Público.

“Crise obriga cultura a encontrar novos caminhos”, assim mesmo sem artigos, como é prática das manchetes. Continua depois o subtítulo dizendo, que é o facto de haver menos dinheiro e uma nova relação com os públicos, ditada pelas tecnologias, que levam à reinvenção de que se fala. E é também por isso, que o Público de hoje traça alguns cenários do que pode ser a nova era.

Outro destaque de capa vai para a TAP, que, por falta de passageiros, vai cancelar 2400 voos até Junho que vem.

Em queda está também a venda de peixe. E é essa a manchete do Correio da Manhã…Venda de peixe cai 26%, os pescadores garantem que não houve um ano tão mau para o negócio, como este que ainda nem vai a meio.

Depois, e quando tanto se fala em pressões, neste caso, naquele caso, enfim, em vários casos… agora é o caso Casa Pia… Diz o Correio, que um inquérito da Unidade Disciplinar e de Inspecção da Judiciária concluiu que um ex director nacional adjunto, um certo Artur Pereira, terá tentado interferir nas investigações, em defesa de Carlos Cruz…

No 24 Horas é também de pedofilia que se fala. “Menino abusado recebeu jogos de vídeo e uma consola”. O abusador tem 60 anos e é um ex bibliotecário de Coimbra. Diz o jornal, que a policia suspeita que os pais da criança sabiam de tudo e consentiam. O arguido já confessou, pelo menos que oferecia prendas à criança…

No Jornal de Noticias a manchete faz-se com a decisão aprovada ontem, de levantar o sigilo bancário. “Fisco com acesso às contas para vigiar enriquecimento” – é o título e a chamada de capa. As suspeitas sobre património vão permitir verificar depósitos sem direito a recurso e relembra-se ainda, que os rendimentos não justificados serão taxados a 60%.

E depois santa Clara-a-velha. O mosteiro das monjas clarissas em Coimbra… Séculos encerrado e ao abandono. Reabre ao público amanhã. Diz o JN, que depois das obras o velho mosteiro promete revelar pormenores curiosos, sobre a vida das freiras clarissas. Histórias de riqueza e de requinte, promete o jornal…

No DN, deitam-se contas à diferença de salários em Portugal, para se concluir que se abre cada vez mais, o fosso entre os salários mais altos e os mais baixos. A disparidade já era clara em 95 e nunca deixou de ser evidente até 2006. Este ano parece que se agravou ainda mais.

Notícias do mundo levam a primeira do DN de um salto até à Índia… 714 milhões de eleitores obrigam a um mês de eleições, no sub continente indiano. A maior democracia do mundo já corre às urnas para escolher um novo governo… mas com 714 milhões de eleitores inscritos, os resultados só devem ser conhecidos em Maio.

E uma boa nova… Diz o DN, que o número de dadores de órgãos para transplante está a crescer, apesar da lista de espera não parar de crescer, ela também… neste momento há 3 mil doentes à espera… mas a boa nova é que, não só os dadores tem vindo a aumentar em número… um aumento de 5% só nos últimos 3 meses… mas agora e para além disso, há a notícia de que o imã da mesquita de Lisboa acaba de proclamar que os muçulmanos também podem ser dadores de órgãos, se assim o entenderem.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

“Acusações de corrupção de médicos na Procuradoria” – é a manchete do Diário de Notícias de hoje.

A Procuradoria é naturalmente a da República, os médicos não serão forçosamente todos e a queixa, essa é subscrita pela Associação Nacional de Farmácias.

Diz o DN, que João Cordeiro, o presidente da Associação, o declarou publicamente e nos próximos dias fará chegar a denúncia, em forma de carta, ao gabinete da ministra Ana Jorge, com cópia para a Inspecção Geral de Saúde e do Procurador Geral. Na carta, citam-se casos de médicos, que prescrevem ao sabor das conveniências e das melhores vantagens oferecidas pelos laboratórios.

Zangam-se as comadres… esperemos para ver se se descobre a verdade, que move realmente os intervenientes mais directos, nesta guerra entre medicamentos de marca e genéricos…

Ainda na primeira do DN – “BPP ameaça clientes com falência do banco…” Numa carta distribuída a 2 mil clientes, a direcção do banco propõe uma suspensão da garantia do capital depositado. Uma suspensão que só será accionada em caso de falência do banco.

Em contrapartida, o banco propõe uma chamada “cláusula de melhor fortuna”, que quer dizer que o banco promete contribuir , mas apenas dentro do possível, para recuperar o capital dos clientes. Dentro do possível, este pormenor soa-me a que deve ser relativamente importante.

À volta da banca anda a manchete do Público, que diz que o PS vai viabilizar o projecto do Bloco de Esquerda, para pôr fim ao sigilo bancário… Logo ao lado, outro título anuncia que Salgado, Ricardo Salgado, presidente do banco Espírito Santo, diz que a banca está sã e recomenda-se, isto porque, segundo o banqueiro, o sistema financeiro nacional não foi contaminado a partir dos Estados Unidos

Já na capa do Jornal de Negócios, Ricardo Salgado, ainda, diz que os banqueiros portugueses são criticados pelos políticos porque isso rende votos. Em grande entrevista ao Jornal de Negócios, o banqueiro pede ainda uma amnistia fiscal para acabar com os offshores.

No Diário Económico e em suplemento especial publicam-se hoje sugestões e pistas para as famílias e as empresas e o próprio Estado saírem da Crise… É ainda na capa do Económico que Vieira da Silva, ministro da solidariedade, diz que, em consequência da inflação prevista e das tempestades que se avizinham, o governo admite alterar o cálculo das pensões e actualizá-las à medida da crise.

O gás, esse vai baixar. Conta o Económico e é manchete no JN. Diz o Jornal de Notícias que a factura do gás desce 4%, a partir de Julho. Há-de variar de região para região, esse desconto, mas seja como for, vai beneficiar cerca de um milhão de consumidores domésticos e de serviços. Diz ainda em chamada de capa, o JN, que ninguém verifica a qualidade do ar nos locais com fumadores… pode ser uma falta grave, mas o mais certo era o resultado dar qualquer coisa entre o bastante poluído e o irrespirável… é o costume, sendo que os próprios raramente se queixam.

Na capa do Correio da Manhã é a falência que ameaça a manutenção militar. Segundo a Inspecção de Finanças, a situação de insolvência pode afectar uns 1400 trabalhadores.

Outras contas, estas com discreta chamada de capa no Correio, dizem que Nuno Gomes, o avançado do Benfica que está em renovação de contracto, quer 50 mil euros limpos por mês, como ordenado…

E, outras contas ainda, estas em manchete na edição de hoje do 24 Horas.

Diz assim; “Estado exige 500 mil euros às famílias das vítimas de Entre-os-rios. Assim mesmo e não ao contrário, porque o que se passa, conta o 24, é que, como o tribunal não conseguiu encontrar culpados para a queda da ponte, quem avançou com o processo, ou seja, as famílias das vitimas, perdendo esse processo vão ter de pagar , no mínimo, as custas processuais… digo no mínimo, porque 500 mil euros só para pagar custos de secretaria e burocracias várias, parece um pouco pesado demais. Capaz mesmo de fazer cair pontes em melhor estado que a de Entre-os-rios, à altura do acidente!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Duas professoras, cada uma à sua maneira, fazem hoje a capa do Correio da Manhã e do 24 Horas.

No primeiro caso, fala-se de suspeita de crimes sexuais e a professora em causa é acusada de abusar de alunas. Em Braga. As vítimas, diz o Correio, eram crianças de 12 e 13 anos, por isso a professora está, por enquanto, proibida de entrar na escola. No 24 Horas, a professoras em causa leccionava num externato de Lisboa. Foi despedida, recorreu, venceu o recurso e foi readmitida, só que, segundo o jornal, desde então que lhe fazem a vida negra na escola. A própria diz que vive uma situação dramática neste momento, sente-se humilhada e, conta o 24, que a colocaram numa sala escura e minúscula, onde, de há dois meses para cá, não lhe atribuem qualquer tarefa.

Na primeira do Diário de Notícias o alerta: “Urgências estão a funcionar sem os médicos exigidos”. Uma falta que pode aumentar os erros clínicos – adianta-se depois em subtítulo. Acrescenta-se ainda que a situação é mais preocupante nos hospitais do Barreiro, Viseu e Faro. A Ordem dos Médicos quer que a ministra se pronuncie sobre esta matéria.

As fotografias de capa do DN ilustram entretanto as escolhas do PS e PSD para a corrida às europeias. No caso e após ser conhecido o nome social democrata, ambos os candidatos se pronunciam sobre o candidato concorrente… Vital Moreira diz que Rangel – Paulo Rangel – é alguém que aparece com o terreno já ocupado, enquanto Rangel – Paulo Rangel – contrapõe dizendo que não há truques que expliquem a divisão PS/ Vital – Vital Moreira… Isso e outros factos diversos têm depois o devido desenvolvimento em duas páginas inteiras, no interior do DN.

O JN faz a manchete com a Crise. A Crise em maiúsculas e a vermelho – que esta é a pior desde o PREC… “Pior que isto só há 31 anos” – diz a manchete. Constâncio diz que pouco se poderá fazer para além de esperar pela retoma europeia.

É também por aí que vai a manchete do Público…

*Portugal só recupera quando a crise acabar nos Estados Unidos e na Europa, avisa Constâncio”. Acrescenta ainda a tituleira, que o Banco de Portugal prevê a tal queda de 3,5% no PIB , que o número de empresas insolventes aumentou em mais de 30% e que a Quimonda, depois do despedimento colectivo e por força do lay off, vai estar em banho-maria por mais 6 meses. Como se sabe, dos 1600 trabalhadores da Quimonda, a partir de ontem só ficam 200, para manter o tal banho-maria de que o Público fala.

E depois os Xutos e Pontapés. Nem mais. São hoje o destaque de capa do Público.

E por causa de uma certa canção da banda, que corre pela Internet nos sítios do costume de partilha de ficheiros… Há quem tenha achado que a letra da canção servia às mil maravilhas como um quase hino, ou canção de resistência, contra José Sócrates … Os próprios afirmam e garantem, que a música que fazem não é, nem nunca foi contra ninguém assim tão em particular. Quanto à canção em causa diz, entre outras coisas: “Senhor engenheiro dê-me um pouco de atenção…” e mais à frente, “…ainda espero ver alguém assumir que já andou a roubar e a enganar o povo que acreditou…” Consta que é a palavra engenheiro, o busílis principal e que pode indiciar o destinatário implícito da cantiga. Ora, o que acontece é que a cantiga até era para invocar um senhor doutor, em vez de um engenheiro, só que, doutor, parece que era menos musical no contexto. Só por isso.

Dos económicos não se poderia esperar outra coisa que não fossem notícias da crise em curso. A pior desde 75 relembra o Diário Económico… Um cenário negro para a economia apesar de já haver lucros nos mercados, como diz o Jornal de Negócios…

E o Económico de novo, que esta já ia escapando… diz assim: “Antigos donos do BPN querem ser indemnizados pela nacionalização do Banco.”

E o cuzinho lavado com águas de rosas… digo eu.

terça-feira, 14 de abril de 2009


Hoje e excepcionalmente, a Maria Pandilha concentrou todos os meios para a cobertura da inauguração de um novo espaço Gourmet, na elegante cidade de Lisboa, mais concretamente, no cosmopolita e histórico bairro do Rego.
Albino de Carvalho, proprietário do novo espaço, é a prova viva de que o empreendedorismo e a inovação são as armas com que se deve combater o desânimo e o absentismo, nestes tempos de crise económica e de valores.
Naturalmente que a Maria Pandilha deseja a Albino de Carvalho os melhores encómios.
Do resto, a imagem fala por si.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Comecemos pelos económicos…

Os fundos de pensões perdem mil milhões com a crise das bolsas – diz o Jornal de Negócios em manchete… o Diário Económico vai acrescentando que a maioria das empresas na bolsa já dá dinheiro…

Diz o de Negócios, que a deflação já dá sinais de vida e que o vestuário, a saúde, os transportes e o lazer já registaram preços em queda…

Responde o Económico, que as Universidades estão sem verbas para pagar salários.

Volta o de Negócios explicando quanto vai pagar quem quiser comprar casa e também como são tributadas as mais valias, a quem as quiser vender…

O Económico remata dizendo que as falências em Portugal dispararam 80%, nos primeiros 3 meses deste ano.

Do mundo, trazem o Público e o DN as imagens de dezenas de milhares, nas ruas desafiando o estado de emergência, imposto pelo governo da Tailândia… é a legenda da foto de capa no Público de hoje… “Tailandeses nas ruas desafiam estado de emergência” é o título e legenda na capa do DN.

E na capa do DN dá-se ainda conta, das primeiras conclusões das perícias em Itália, para se concluir que 22 mil prédios ruíram, no sismo de Aquila, por manifesta e comprovada má construção.

A manchete do DN remete-nos no entanto e de novo para a política nacional e para dar notícia de que as Finanças dizem que os polícias devem receber por horas extras. A decisão foi anunciada pelo ministro das Finanças e assim sendo, os sindicatos do sector vão hoje pedir ao ministro da administração interna, que dê ordem imediata de pagamento.

Falando de dívidas, só mais esta para fechar a capa do DN: “Dívidas de telemóveis disparam 63% só na PT”. Entre telefones móveis e fixos, a operadora já tem um total de quase 5 milhões de euros, em dívidas incobráveis.

Na primeira do Público, a outra chamada de capa vai para a reforma do mapa judiciário, que deixa 60 vagas por preencher nos tribunais. Diz o Público, que a falta de magistrados do ministério público se agrava no interior do país… Enfim, seria a primeira coisa a não se agravar no interior do país! Adiante.

Na primeira do JN é o poder local que faz a manchete… Mais 520 cargos políticos a criar nas autarquias é o que se lê – gordo e negro a toda a largura. Setúbal e Faro estão entre as 22 câmaras, com direito a mais 2 vereadores. Diz ainda o JN, que o aumento de número de autarcas altera a constituição das assembleias municipais e de freguesia e que vai custar ao erário público perto de 3 milhões e meio de euros.

Agora a grande chamada de capa, com fotografia e tudo, vai para as crianças com trissomia 21. “Não desistam destes filhos à primeira” – lê-se no título à foto. Promete-se depois o relato de 3 mães, que tiveram crianças com trissomia 21 e que contam como foi lidar com a notícia da doença e com a própria doença dos filhos…

Na capa do 24 Horas os números são alarmantes. Números de 2007, que dizem que, nesse ano, 309 crianças foram abandonadas. Por falta de dinheiro, por negligência…

Ou, quem sabe, por motivos ainda mais imponderáveis. Atente-se na capa do Correio da Manhã-- Diz assim: “Casal troca criança por cão” – é o que consta – uma família da zona centro – o que para o caso seria irrelevante, supõe-se …. Uma família, portanto, devolveu um menor em processo de adopção, por incompatibilidade com o cão da casa…

domingo, 12 de abril de 2009





Porque hoje é dia de Páscoa e em Lisboa não se passa nada, a Maria Pandilha resolveu sair e passear pelas descontraídas e desertas ruas da nossa bela capital e tirar alguns instantâneos que ilustrassem este belo e solarengo domingo.

De facto, não há nada como um fim-de-semana prolongado para que a cidade se despovoe e se abra de repente a um outro vagar, essencial ao desfrute e à descoberta, quem sabe, de coisas que nos passam tantas vezes despercebidas, no afogadilho do dia-a-dia.