Vamos lá, então!


A partir de hoje, doravante e para o futuro, é aqui que podeis ficar a par e passo certo com a actualidade que realmente interessa, à medida que os gatos vão deixando os jornais do dia, ainda a cheirar a peixe, ao pé do Quiosque e à mão de semear da Maria Pandilha, uma vossa criada e criatura fortemente empenhada na livre circulação de informação, ideias e outras merdas.
Por isso as vendo ao preço que as compro, as notícias do dia.
Se cheiram a peixe, a culpa não é minha. Se quereis jornais a cheirar a tinta, comprai-os vós, que isto não é a Santa Casa, gaita!

Vamos lá, então.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Duas professoras, cada uma à sua maneira, fazem hoje a capa do Correio da Manhã e do 24 Horas.

No primeiro caso, fala-se de suspeita de crimes sexuais e a professora em causa é acusada de abusar de alunas. Em Braga. As vítimas, diz o Correio, eram crianças de 12 e 13 anos, por isso a professora está, por enquanto, proibida de entrar na escola. No 24 Horas, a professoras em causa leccionava num externato de Lisboa. Foi despedida, recorreu, venceu o recurso e foi readmitida, só que, segundo o jornal, desde então que lhe fazem a vida negra na escola. A própria diz que vive uma situação dramática neste momento, sente-se humilhada e, conta o 24, que a colocaram numa sala escura e minúscula, onde, de há dois meses para cá, não lhe atribuem qualquer tarefa.

Na primeira do Diário de Notícias o alerta: “Urgências estão a funcionar sem os médicos exigidos”. Uma falta que pode aumentar os erros clínicos – adianta-se depois em subtítulo. Acrescenta-se ainda que a situação é mais preocupante nos hospitais do Barreiro, Viseu e Faro. A Ordem dos Médicos quer que a ministra se pronuncie sobre esta matéria.

As fotografias de capa do DN ilustram entretanto as escolhas do PS e PSD para a corrida às europeias. No caso e após ser conhecido o nome social democrata, ambos os candidatos se pronunciam sobre o candidato concorrente… Vital Moreira diz que Rangel – Paulo Rangel – é alguém que aparece com o terreno já ocupado, enquanto Rangel – Paulo Rangel – contrapõe dizendo que não há truques que expliquem a divisão PS/ Vital – Vital Moreira… Isso e outros factos diversos têm depois o devido desenvolvimento em duas páginas inteiras, no interior do DN.

O JN faz a manchete com a Crise. A Crise em maiúsculas e a vermelho – que esta é a pior desde o PREC… “Pior que isto só há 31 anos” – diz a manchete. Constâncio diz que pouco se poderá fazer para além de esperar pela retoma europeia.

É também por aí que vai a manchete do Público…

*Portugal só recupera quando a crise acabar nos Estados Unidos e na Europa, avisa Constâncio”. Acrescenta ainda a tituleira, que o Banco de Portugal prevê a tal queda de 3,5% no PIB , que o número de empresas insolventes aumentou em mais de 30% e que a Quimonda, depois do despedimento colectivo e por força do lay off, vai estar em banho-maria por mais 6 meses. Como se sabe, dos 1600 trabalhadores da Quimonda, a partir de ontem só ficam 200, para manter o tal banho-maria de que o Público fala.

E depois os Xutos e Pontapés. Nem mais. São hoje o destaque de capa do Público.

E por causa de uma certa canção da banda, que corre pela Internet nos sítios do costume de partilha de ficheiros… Há quem tenha achado que a letra da canção servia às mil maravilhas como um quase hino, ou canção de resistência, contra José Sócrates … Os próprios afirmam e garantem, que a música que fazem não é, nem nunca foi contra ninguém assim tão em particular. Quanto à canção em causa diz, entre outras coisas: “Senhor engenheiro dê-me um pouco de atenção…” e mais à frente, “…ainda espero ver alguém assumir que já andou a roubar e a enganar o povo que acreditou…” Consta que é a palavra engenheiro, o busílis principal e que pode indiciar o destinatário implícito da cantiga. Ora, o que acontece é que a cantiga até era para invocar um senhor doutor, em vez de um engenheiro, só que, doutor, parece que era menos musical no contexto. Só por isso.

Dos económicos não se poderia esperar outra coisa que não fossem notícias da crise em curso. A pior desde 75 relembra o Diário Económico… Um cenário negro para a economia apesar de já haver lucros nos mercados, como diz o Jornal de Negócios…

E o Económico de novo, que esta já ia escapando… diz assim: “Antigos donos do BPN querem ser indemnizados pela nacionalização do Banco.”

E o cuzinho lavado com águas de rosas… digo eu.

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