Antes de mais … sabeis como é que a imprensa alemã está a acompanhar as eleições portuguesas?.. Não está. Tanto mais que a Alemanha também vai a votos, domingo que vem e tem mais em que pensar, do que nas legislativas portuguesas. A excepção vai para os dois principais concorrentes lusitanos … Ferreira Leite e José Sócrates… a ela, chamam-lhe a dama de ferro a ele o Sonnyboy… assim mesmo: Imprensa alemã chama sonnyboy a Sócrates – escreve o JN em título.
Ainda no JN, deixem que sublinhe este título, que nos remete para a campanha da Dama de ferro, como lhe chama então a imprensa alemã… Para o caso nem interessa saber onde e em que contexto a frase foi proferida. Que, se o jornal a puxa assim para título sem mais explicação nem enquadramento, é porque ela vale por si só… Eloquente na sua simplicidade. Definitiva no seu pragmatismo e diz assim: Ferreira Leite confessa convicção profunda. Em quê? Leia-se o sub titulo… Líder apelou às emoções para passar a mensagem… Ah Bom! Então foi isso!.
E agora o Público. É breve e discreta a notícia, mas não deixa de ser curiosa…
Alunos contra exame de acesso à Ordem… A Ordem é a dos Advogados e o exame é o de acesso ao estágio profissional de advocacia.
A Ordem decidiu instituir um exame nacional de acesso ao estágio, quanto mais não seja, porque vai havendo já advogados a mais para a procura e há que – citemos – verificar os conhecimentos considerados necessários para o efectivo patrocínio forense. Esta soa melhor razão que a do número clausus, mas também não convence os jovens advogados, ao que parece. A Ordem sublinha um certo facilitismo com que se tira, actualmente, o curso de Direito em Portugal e o consequente aumento do número de advogados sem trabalho… Mas não, mesmo assim as associações académicas de 4 faculdades de Direito protestam e acusam a Ordem de estar assim a pôr em causa o direito de acesso à Justiça…
Claro que mais correcto seria talvez dizer-se que o que se põe em causa é o acesso ao exercício da justiça aos que chumbarem num exame de aferição de conhecimentos e competências profissionais, o que , dito assim, até nem soa tão mal quanto isso, mas também para o essencial da história, o que ficou dito, já deve bastar. Ou se calhar até já sobra.