Vamos lá, então!


A partir de hoje, doravante e para o futuro, é aqui que podeis ficar a par e passo certo com a actualidade que realmente interessa, à medida que os gatos vão deixando os jornais do dia, ainda a cheirar a peixe, ao pé do Quiosque e à mão de semear da Maria Pandilha, uma vossa criada e criatura fortemente empenhada na livre circulação de informação, ideias e outras merdas.
Por isso as vendo ao preço que as compro, as notícias do dia.
Se cheiram a peixe, a culpa não é minha. Se quereis jornais a cheirar a tinta, comprai-os vós, que isto não é a Santa Casa, gaita!

Vamos lá, então.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Depois do “de Negócios” e do “Privado Português” é agora a vez do “Finantia” a precisar dos milhões do Estado… diz o “I”, em manchete: que “Governo obriga a Caixa a salvar outro Banco.”

A do Público, diz que, gastos pessoais de João Rendeiro foram pagos através de offshore do BPP. Diz-se que o relatório da auditoria às contas do Banco e à administração de João Rendeiro indiciam, entre outras coisas, falsificação de contabilidade e branqueamento de capitais.

Diz-se também, na primeira do Público, que o Fisco pode vir a ter livre acesso às contas bancárias, da família de um contribuinte, sem intervenção dos tribunais. È uma proposta do Governo, que espera ainda aprovação final no parlamento. Fica um pouco aquém do que pretendia o Bloco de Esquerda, neste ponto de tornar mais flexíveis as leis do sigilo bancário.

A foto de capa vai no entanto para as touradas. Arrancou ontem, a temporada no Campo Pequeno, em Lisboa e hoje o Público traz a matéria para a capa com esta pergunta: “tradição que se cultiva, ou violência que se combate?”...

No Diário de Notícias, a foto de capa ilustra as cheias no Brasil. O norte e o nordeste do país são as regiões mais afectadas. Em 10 estados brasileiros, por causa das inundações, há 40 mil pessoas desalojadas e sem abrigo. As cheias no Brasil afectam já quase 800 mil pessoas.

Ao topo da página, volta-se a atenção de novo para a economia doméstica… e diz assim: “Bancos travam renegociação do crédito à habitação”. Diz que é uma forma que os Bancos encontraram, para enfrentar o crescente pedido de revisão dos contractos. Explica-se sumariamente, que um cliente entra no banco com a ideia de conseguir uma prestação mais baixa e sai com uma proposta com custos agravados. Os Bancos contactados pelo DN admitiram que sim, que estão a propor a revisão total dos contractos, quando os clientes querem apenas rever uma ou outra cláusula.

Na primeira do JN, diz-se que as Câmaras Municipais vão poder trocar funcionários entre si… a lei está ainda sujeita a discussão, mas do que se sabe é que, os trabalhadores podem não perder o emprego, mas vão perder progressivamente poder de compra, com a redução dos ordenados, implícita nessa mobilidade imposta.

O Correio da Manhã diz que há já famílias portuguesas sem dinheiro, para manter os filhos nas creches. Contas feitas, há já 3 mil mensalidades em atraso, nas creches portuguesas, enquanto, diz ainda o Correio, 350 casais de Lisboa, Porto, Setúbal e Braga tiveram mesmo de tirar já os filhos das creches, por falta de dinheiro para as mensalidades.

Em Setúbal... O Correio publica hoje uma fotografia do aparato policial ontem no bairro da Belavista, em Setúbal. Chegou a haver tiros para o ar e pedras contra a policia, quando os moradores regressavam do funeral de um jovem abatido a tiro durante uma perseguição policial.

No regresso do cemitério, concentraram-se junto à esquadra da Belavista em manifestação…umas 300 pessoas. Começaram aí os confrontos. Alguns jornais, o JN, por exemplo, garante mesmo que foram lançados 6 cocktails Molotov sobre a polícia.

O 24 horas trás uma capa que não sei se vos interessa particularmente, por isso vou antes a esta pequena caixinha, aqui no direita alta da capa, onde se dá conta da invasão das instalações do BPP por alguns clientes. No Porto. Invadiram as instalações, exigindo o dinheiro dos depósitos. Dizem que abandonam o edifício ordeiramente, se a polícia lhes pedir, mas a polícia só intervém se o Banco denunciar a ocupação das instalações, coisa que ainda não terá acontecido, por isso os ocupantes preparavam-se ontem, com mantas e mantimentos, para lá passar a noite. Diz o 24, que uma das clientes se sentiu mal, com os nervos, supõe-se…

Nos económicos, temos o BPP na capa do Jornal de Negócios,,, nada de novo, ou surpreendente,,, mais umas pontas soltas de informação que conduzem a operações suspeitas e falsificações e abusos de confiança… essas coisas… e no Económico diz-se que, por estas e por outras… a crise, claro… por causa da crise, os descontos para a Caixa já começaram a sofrer baixas… em Fevereiro houve menos 83 mil contribuintes a contribuir.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

E hoje temos um novo jornal nos quiosques… o “I”.

E…? E à primeira vista faz lembrar o 24 Horas, pelo menos no tamanho, no formato, já que na capa, a primeira diferença que salta à vista é que o 24 Horas tem muito mais cor. Pelo menos na edição de hoje tem. Tem mais cor e traz a fotografia de corpo inteiro de Clara de Sousa, com esta interrogação profunda: “Quem é o colega que namora Clara de Sousa?”… Já a questão de saber quem é Clara de Sousa parece de mais fácil resposta… É uma jornalista da televisão.

Agora o “I” não. A foto de capa é cinzenta, de um homem de cabelo cortado muito curto e barba por fazer. Pretende ser um imigrante. Um desses de que fala a manchete. E diz assim: “Sindicatos, patrões e governo todos querem menos imigrantes”. Diz-se que a taxa de admissão, de força de trabalho imigrante em Portugal, deve reduzir-se este ano, em função da crise. Diz que a própria UGT poderá alinhar por esse caminho.

O Diário de Notícias publica entretanto um grande inquérito aos 5 candidatos às eleições para o Parlamento Europeu. Faz disso manchete, mesmo.

Outra matéria de capa no DN são as perseguições policiais em Portugal. Ou antes, as mortes em consequência de perseguições policiais. Diz o jornal, que foram 19, desde 2004. Morreram 19 pessoas em perseguições policiais. Dá-se ainda conta dos inquéritos abertos a propósito. Diz o DN que os tribunais condenaram metade dos polícias que atiraram a matar.

No JN, fala-se das máfias de Leste e diz-se que perícias médicas vão tentar travar a fuga dos mafiosos.

Fala-se de um plano que prevê exames, como raios X às mãos e dentes dos suspeitos e recolha de sangue. Ou seja, a Procuradoria-geral Distrital do Porto decidiu que, a partir de hoje mesmo, todos “os estrangeiros suspeitos de assaltos a residências, que apresentem documentos duvidosos, ou aleguem ser menores de idade, serão sujeitos a rigorosos exames, para averiguar a veracidade das declarações”. Li tal e qual como está aqui escrito. Diz o JN, que a policia calcula que haja um grupo de umas 100 pessoas, a assaltar casas por todo o país.

Na primeira do Público, especula-se à volta de um eventual e futuro Bloco Central, na governação portuguesa. Sócrates e Ferreira Leite são os rostos da capa. E quem diz que eles são inconciliáveis? … Esta a pergunta. A pergunta, a que respondem algumas figuras públicas entrevistadas pelo jornal.

E na sequência da nova lei de financiamento dos partidos, o Público puxa para a primeira página um estudo feito por uma organização norte americana, que garante que, nos Estados Unidos, os donativos a políticos travaram as regras mais apertadas na concessão de crédito. Diz que, na última década, as 25 maiores instituições que “venderam” crédito de alto risco, gastaram quase 300 milhões de euros, em donativos para campanhas politicas norte-americanas. Sendo que o objectivo, diz ainda o estudo, era evitar regras mais apertadas para o sector financeiro, que pudessem comprometer os altos rendimentos obtidos com esses produtos de alto risco. Interessante…

No 24, só uma breve chamada de capa deita contas ao total apurado, em função da nova lei do financiamento dos partidos portugueses… a tal que João Cravinho já disse ser um pouco indecente, pela facilidade com que pode abrir as portas, a engenharias suspeitas e pouco recomendáveis… essa lei… diz então o 24, que os partidos vão receber por junto e atacado 88 milhões e 300 mil euros para gastar em campanhas eleitorais. Interessante, uma vez mais. Menos que os 300 milhões gastos nos Estados Unidos, mas mesmo assim, interessante. Também não se haveria de querer comparar Portugal com os Estados Unidos. Só o tamanho daquilo!...

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Paulo Rangel tem de comer muita papa Maizena para chegar aos calcanhares de Basílio Horta… consta que deu polémica e que o próprio se queixa de agressão verbal. Seja como for é manchete do Público, a troca de palavras entre o ministro Manuel Pinho, da Economia e o deputado social-democrata Paulo Rangel. O contexto do diálogo vamos deixá-lo para outras núpcias. Fixemo-nos antes nesta dúvida, que o jornal, eventualmente sem querer, deixa no ar. Diz aqui que o ministro queria, com a parábola, chamar criança a Rangel, mas que terá cometido mais uma gaffe, porque o que se dá às crianças é farinha láctea como -e o jornal cita duas marcas conhecidas de farinha láctea para crianças…

Ora a dúvida que fica é justamente essa… qual a ofensa maior, ter convidado Paulo Rangel a comer farinha para crianças, ou ter-se confundido as marcas e mandado o deputado comer farinha de fazer bolos e engrossar molhos?...

E chega de farinha! O outro destaque de capa no Público de hoje dá conta do decréscimo, do número de processos para protecção de crianças. É a primeira vez, desde que os dados e toda a informação estão centralizados numa Comissão Nacional, que se verifica a descida do número de novos processos para protecção de crianças e jovens em risco, uma baixa de quase 1%.

No DN, a manchete faz-se com o Banco Privado Português… o Governo está divido quanto a deixar ou não cair o banco. Diz o sub título que o ministro Teixeira dos Santos, das Finanças, não concorda com a recapitalização, que o banco reclama. A última palavra pode pertencer ao Banco de Portugal e à CMVM.

Logo abaixo com fotografia em plano muito aproximado… Manuel Alegre e um tabu. O que gostamos nós de tabus, meu deus do céu! Pois o tabu de Manuel Alegre é o de saber-se se se recandidata ou não a deputado da Assembleia. Ora aí está e parece ser tabu de importância tal, que os apoiantes do deputado até já começaram a ser convocados para uma reunião geral dia 15 num hotel de Lisboa. Esperemos tranquila e civilizadamente por dia 15.

No JN diz-se que estão 4 mil professores em risco de desemprego. Isto porque, segundo os sindicatos, são professores dos politécnicos mas com vínculo precário e que hão-de ser afectados pela actual proposta de alterações ao estatuto de carreira.

O outro destaque vai para a gripe A, suína, mexicana… Diz o JN, que as medidas portuguesas são suficientes e que ontem regressaram do México 350 turistas , que não registaram qualquer sinal de gripe, pelo menos desta que se fala.

Já o Brasil não se pode orgulhar de tanto... Diz o Correio da Manhã, que o vírus ameaça o país. Quanto aos turistas, de que o JN falava, diz o Correio que, apesar de não haver sinais alarmantes, as autoridades aconselharam-nos a ficar uma semana em casa.

A manchete do Correio vai entretanto para outras maleitas.

Desta vez é do BPN que se fala, sendo que a abordagem e chamada de capa vão para o dinheiro – e consta que não seria pouco – que Luís Figo e Catarina Furtado era para receberem e não receberam, por terem emprestado o rosto, o nome e o prestígio, em campanhas de promoção do Banco Português de Negócios. Enfim, pior ainda e talvez do que isso é a suspeita, que se levanta logo a seguir. Fala-se em 48 milhões de euros, que supostamente Figo e Catarina haveriam de receber… pois diz a manchete que esses contratos serviram para lavar os tais 48 milhões de euros. Ou seja, aparecem nas contas do banco como pagamento aos artistas e os artistas não receberam ainda um real.

E chegamos ao 24 Horas, onde , com breve chamada de capa, se continua falar do caso BPN.

Só que agora, invoca-se o caso do conselheiro de Estado, Dias Loureiro, que – cita o 24 -enquanto esteve no BPN assinava de cruz os documentos que lhe apresentavam…

De cruz. Se o conselheiro o diz… vamos acreditar; mas, assinar de cruz é o que costuma fazer quem não sabe escrever… os analfabetos, portanto. E nem é bem assinar. Estou em crer que a cruz que deixam no lugar da assinatura é mais para que mais ninguém assine em nome deles, ou seja, para não haver surpresas desagradáveis, como esta a que o conselheiro de Estado agora se sujeita.

Os analfabetos sabem-no. Inutilizam o espaço da assinatura com uma cruz e depois deixam a impressão digital, única e irrepetível, ao lado. Essa sim, valendo pela firma autêntica do assinante. Isso é assinar de cruz.

Já quando se quer provar uma cega confiança… assina-se em branco.

Pode, na mesma, riscar-se uma cruz no espaço da assinatura e imprimir um dedo sujo de tinta, ao lado, para autenticar o documento, no caso dos analfabetos, claro, só que o documento está em branco.

Como é pouco provável que o BPN tenha contratado um analfabeto para a administração, o mais certo, portanto, é o conselheiro de Estado Dias Loureiro ter, enquanto trabalhava com o BPN, assinado documentos em branco, ou sem os ler, o que vai dar quase ao mesmo, sendo que é mais isso, que a figura de estilo quer dizer. Mas, seja como for, não deixa de revelar, convenhamos, tanto de boa fé, quanto de imprudência, por parte do ex bancário, ou lá que porra de cargo, o cavalheiro tinha no BPN.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Jorge Sampaio, em entrevista ao Diário Económico, diz que pode ser necessário um bloco central, para garantir a estabilidade nacional depois das legislativas.

Logo acima e em manchete escreve o Económico, que já controlam mais de um quarto da bolsa portuguesa, os empresários estrangeiros estabelecidos em Portugal…

Na primeira do Jornal de Negócios anuncia-se que o Governo decidiu adiar, também para as empresas e trabalhadores contratados, o aumento da carga contributiva para a Segurança Social... os descontos. Diz o jornal, que é à semelhança do que já fora decidido para os trabalhadores independentes e os contratados a prazo. O Código Contributivo, que entra em vigor para o ano, terá um regime transitório até 2012 para os Planos de Reforma e Poupança, seguros de vida, fundos de pensões e por aí…

Ainda na capa do de Negócios, mas mais discreto, o destaque vai para os livros electrónicos. As edições on line…. Que, segundo o jornal, terão já convencido na secção de livros técnicos e científicos, mas ainda não convenceram os leitores de ficção.

O Correio da Manhã diz que não é ficção, são contas feitas aos contratos e contrapartidas que faltam cumprir, em negócios envolvendo as forças armadas portuguesas. Diz a manchete, que se perderam já mais de 2 milhões de euros em negócios militares. Fala-se de empresas portuguesas lesadas por falha de compromissos e diz-se ainda que há um pedido no tribunal arbitral para resolver o conflito dos submarinos… em causa estão as significativas divergências, entre o governo português e a empresa alemã, que vendeu os dois submarinos à Marinha Portuguesa… O Correio da Manhã cita ainda o empresário e ex deputado Henrique Neto… diz que as contrapartidas, que faltam executar nesse negócio e noutros envolvendo as forças armadas, têm sido um meio para financiar os partidos políticos…

No DN, diz-se que o cidadão sírio, que está em greve de fome na prisão de Guantanamo, quer vir para Portugal. Diz-se ainda que uma coligação de direitos humanos propôs já 6 nomes de detidos de Guantanamo para serem transferidos para Portugal, mas que Lisboa aguarda um pedido formal da Casa Branca.

Depois, o DN puxa para a capa a mesma sondagem de que o JN faz também manchete e primeira página. A sondagem da Católica para ambos os jornais e RTP e RDP e em que se dá o PS como vencedor do ranking da popularidade, nestes primeiros de Maio.

“PS resiste à crise”, diz o JN, comentando os 41% de votos de apoio recolhidos pelo PS, contra os 34% do PSD. Dos outros partidos avaliados, diz o JN que o Bloco surpreende e que o CDS se afunda.

Ao topo da página e em legenda corrida de ponta a ponta… contra a crise marchar, marchar… diz o JN que os jovens portugueses se estão a alistar no exército, para fugir à crise e ao desemprego. Consta que um soldado raso ganha 600 euros por mês... Sempre é mais que o ordenado mínimo e é certo.

No Público, faz-se o balanço à gripe suína mexicana… A gripe está a desacelerar no México, mas a Organização Mundial de Saúde teme novo surto no Outono… diz a manchete. Diz-se depois, que ainda não são conhecidos os resultados do único caso suspeito em Portugal.

No 24 Horas promete-se contar como é que a medicina vai salvar António Feio…

Fala-se de uma cirurgia decisiva e dá-se o exemplo de uma irmã do actor que terá sobrevivido também a um cancro no pâncreas, o que fortalece a esperança do actor e dos amigos.

Outra história que teima em não sair das páginas dos jornais é a da indignação de Vital Moreira e a exigência de um pedido público de desculpas por parte do PCP. Que o candidato não tem dúvidas. Pelos insultos que ouviu, de traidor e vendido, só podiam ser militantes comunistas…

Ora, se lhe tivessem chamado cabrão e filho da puta, seriam o quê?... Sócios do Benfica?!...

domingo, 3 de maio de 2009

Os 5 principais partidos políticos, após a Cimeira de Reflexão e Consenso, decidiram reformular as estratégia de candidatura às próximas eleições e escolher novas cabeças de lista, em conformidade com as reivindicações crescentes e de pleno direito, das mulheres, a cargos públicos de relevo e importância.
Na foto, as 5 novas cabeças de lista escolhidas pelos partidos. Apresentam-se apenas as cabeças por duas razões óbvias e igualmente pertinentes. Primeiro, para não se distraírem a olhar para as pernas, ou para os decotes das candidatas , segundo, porque, se é de cabeças de lista que se fala, as cabeças chegam.
A disposição no lençol não reflecte forçosamente os quadrantes políticos que representam.