Vamos lá, então!


A partir de hoje, doravante e para o futuro, é aqui que podeis ficar a par e passo certo com a actualidade que realmente interessa, à medida que os gatos vão deixando os jornais do dia, ainda a cheirar a peixe, ao pé do Quiosque e à mão de semear da Maria Pandilha, uma vossa criada e criatura fortemente empenhada na livre circulação de informação, ideias e outras merdas.
Por isso as vendo ao preço que as compro, as notícias do dia.
Se cheiram a peixe, a culpa não é minha. Se quereis jornais a cheirar a tinta, comprai-os vós, que isto não é a Santa Casa, gaita!

Vamos lá, então.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Jorge Sampaio, em entrevista ao Diário Económico, diz que pode ser necessário um bloco central, para garantir a estabilidade nacional depois das legislativas.

Logo acima e em manchete escreve o Económico, que já controlam mais de um quarto da bolsa portuguesa, os empresários estrangeiros estabelecidos em Portugal…

Na primeira do Jornal de Negócios anuncia-se que o Governo decidiu adiar, também para as empresas e trabalhadores contratados, o aumento da carga contributiva para a Segurança Social... os descontos. Diz o jornal, que é à semelhança do que já fora decidido para os trabalhadores independentes e os contratados a prazo. O Código Contributivo, que entra em vigor para o ano, terá um regime transitório até 2012 para os Planos de Reforma e Poupança, seguros de vida, fundos de pensões e por aí…

Ainda na capa do de Negócios, mas mais discreto, o destaque vai para os livros electrónicos. As edições on line…. Que, segundo o jornal, terão já convencido na secção de livros técnicos e científicos, mas ainda não convenceram os leitores de ficção.

O Correio da Manhã diz que não é ficção, são contas feitas aos contratos e contrapartidas que faltam cumprir, em negócios envolvendo as forças armadas portuguesas. Diz a manchete, que se perderam já mais de 2 milhões de euros em negócios militares. Fala-se de empresas portuguesas lesadas por falha de compromissos e diz-se ainda que há um pedido no tribunal arbitral para resolver o conflito dos submarinos… em causa estão as significativas divergências, entre o governo português e a empresa alemã, que vendeu os dois submarinos à Marinha Portuguesa… O Correio da Manhã cita ainda o empresário e ex deputado Henrique Neto… diz que as contrapartidas, que faltam executar nesse negócio e noutros envolvendo as forças armadas, têm sido um meio para financiar os partidos políticos…

No DN, diz-se que o cidadão sírio, que está em greve de fome na prisão de Guantanamo, quer vir para Portugal. Diz-se ainda que uma coligação de direitos humanos propôs já 6 nomes de detidos de Guantanamo para serem transferidos para Portugal, mas que Lisboa aguarda um pedido formal da Casa Branca.

Depois, o DN puxa para a capa a mesma sondagem de que o JN faz também manchete e primeira página. A sondagem da Católica para ambos os jornais e RTP e RDP e em que se dá o PS como vencedor do ranking da popularidade, nestes primeiros de Maio.

“PS resiste à crise”, diz o JN, comentando os 41% de votos de apoio recolhidos pelo PS, contra os 34% do PSD. Dos outros partidos avaliados, diz o JN que o Bloco surpreende e que o CDS se afunda.

Ao topo da página e em legenda corrida de ponta a ponta… contra a crise marchar, marchar… diz o JN que os jovens portugueses se estão a alistar no exército, para fugir à crise e ao desemprego. Consta que um soldado raso ganha 600 euros por mês... Sempre é mais que o ordenado mínimo e é certo.

No Público, faz-se o balanço à gripe suína mexicana… A gripe está a desacelerar no México, mas a Organização Mundial de Saúde teme novo surto no Outono… diz a manchete. Diz-se depois, que ainda não são conhecidos os resultados do único caso suspeito em Portugal.

No 24 Horas promete-se contar como é que a medicina vai salvar António Feio…

Fala-se de uma cirurgia decisiva e dá-se o exemplo de uma irmã do actor que terá sobrevivido também a um cancro no pâncreas, o que fortalece a esperança do actor e dos amigos.

Outra história que teima em não sair das páginas dos jornais é a da indignação de Vital Moreira e a exigência de um pedido público de desculpas por parte do PCP. Que o candidato não tem dúvidas. Pelos insultos que ouviu, de traidor e vendido, só podiam ser militantes comunistas…

Ora, se lhe tivessem chamado cabrão e filho da puta, seriam o quê?... Sócios do Benfica?!...

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