Vamos lá, então!


A partir de hoje, doravante e para o futuro, é aqui que podeis ficar a par e passo certo com a actualidade que realmente interessa, à medida que os gatos vão deixando os jornais do dia, ainda a cheirar a peixe, ao pé do Quiosque e à mão de semear da Maria Pandilha, uma vossa criada e criatura fortemente empenhada na livre circulação de informação, ideias e outras merdas.
Por isso as vendo ao preço que as compro, as notícias do dia.
Se cheiram a peixe, a culpa não é minha. Se quereis jornais a cheirar a tinta, comprai-os vós, que isto não é a Santa Casa, gaita!

Vamos lá, então.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

E hoje temos um novo jornal nos quiosques… o “I”.

E…? E à primeira vista faz lembrar o 24 Horas, pelo menos no tamanho, no formato, já que na capa, a primeira diferença que salta à vista é que o 24 Horas tem muito mais cor. Pelo menos na edição de hoje tem. Tem mais cor e traz a fotografia de corpo inteiro de Clara de Sousa, com esta interrogação profunda: “Quem é o colega que namora Clara de Sousa?”… Já a questão de saber quem é Clara de Sousa parece de mais fácil resposta… É uma jornalista da televisão.

Agora o “I” não. A foto de capa é cinzenta, de um homem de cabelo cortado muito curto e barba por fazer. Pretende ser um imigrante. Um desses de que fala a manchete. E diz assim: “Sindicatos, patrões e governo todos querem menos imigrantes”. Diz-se que a taxa de admissão, de força de trabalho imigrante em Portugal, deve reduzir-se este ano, em função da crise. Diz que a própria UGT poderá alinhar por esse caminho.

O Diário de Notícias publica entretanto um grande inquérito aos 5 candidatos às eleições para o Parlamento Europeu. Faz disso manchete, mesmo.

Outra matéria de capa no DN são as perseguições policiais em Portugal. Ou antes, as mortes em consequência de perseguições policiais. Diz o jornal, que foram 19, desde 2004. Morreram 19 pessoas em perseguições policiais. Dá-se ainda conta dos inquéritos abertos a propósito. Diz o DN que os tribunais condenaram metade dos polícias que atiraram a matar.

No JN, fala-se das máfias de Leste e diz-se que perícias médicas vão tentar travar a fuga dos mafiosos.

Fala-se de um plano que prevê exames, como raios X às mãos e dentes dos suspeitos e recolha de sangue. Ou seja, a Procuradoria-geral Distrital do Porto decidiu que, a partir de hoje mesmo, todos “os estrangeiros suspeitos de assaltos a residências, que apresentem documentos duvidosos, ou aleguem ser menores de idade, serão sujeitos a rigorosos exames, para averiguar a veracidade das declarações”. Li tal e qual como está aqui escrito. Diz o JN, que a policia calcula que haja um grupo de umas 100 pessoas, a assaltar casas por todo o país.

Na primeira do Público, especula-se à volta de um eventual e futuro Bloco Central, na governação portuguesa. Sócrates e Ferreira Leite são os rostos da capa. E quem diz que eles são inconciliáveis? … Esta a pergunta. A pergunta, a que respondem algumas figuras públicas entrevistadas pelo jornal.

E na sequência da nova lei de financiamento dos partidos, o Público puxa para a primeira página um estudo feito por uma organização norte americana, que garante que, nos Estados Unidos, os donativos a políticos travaram as regras mais apertadas na concessão de crédito. Diz que, na última década, as 25 maiores instituições que “venderam” crédito de alto risco, gastaram quase 300 milhões de euros, em donativos para campanhas politicas norte-americanas. Sendo que o objectivo, diz ainda o estudo, era evitar regras mais apertadas para o sector financeiro, que pudessem comprometer os altos rendimentos obtidos com esses produtos de alto risco. Interessante…

No 24, só uma breve chamada de capa deita contas ao total apurado, em função da nova lei do financiamento dos partidos portugueses… a tal que João Cravinho já disse ser um pouco indecente, pela facilidade com que pode abrir as portas, a engenharias suspeitas e pouco recomendáveis… essa lei… diz então o 24, que os partidos vão receber por junto e atacado 88 milhões e 300 mil euros para gastar em campanhas eleitorais. Interessante, uma vez mais. Menos que os 300 milhões gastos nos Estados Unidos, mas mesmo assim, interessante. Também não se haveria de querer comparar Portugal com os Estados Unidos. Só o tamanho daquilo!...

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