Vamos lá, então!


A partir de hoje, doravante e para o futuro, é aqui que podeis ficar a par e passo certo com a actualidade que realmente interessa, à medida que os gatos vão deixando os jornais do dia, ainda a cheirar a peixe, ao pé do Quiosque e à mão de semear da Maria Pandilha, uma vossa criada e criatura fortemente empenhada na livre circulação de informação, ideias e outras merdas.
Por isso as vendo ao preço que as compro, as notícias do dia.
Se cheiram a peixe, a culpa não é minha. Se quereis jornais a cheirar a tinta, comprai-os vós, que isto não é a Santa Casa, gaita!

Vamos lá, então.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

A gripe. Na primeira do Diário de Notícias, diz-se que as creches e os ateliers de tempos livres não têm um plano para combater a pandemia e que a Direcção Geral de Saúde vai reunir-se para a semana, com os responsáveis por esses estabelecimentos, para discutir um Plano de Contingência Nacional.

Também o jornal I puxa a matéria para a capa, explicando que, se surgisse hoje um foco de gripe, a esmagadora maioria dos serviços do Estado ainda não tinha plano de emergência e a única solução seria fechar as portas, em quarentena. Portanto, ao que parece e pelas contas do I, em Portugal não haverá ainda o que se chama – um foco de gripe.

Já o Público lembra que a lei, que regula as doenças contagiosas, tem 60 anos e não serve para travar pandemias. Cita-se um especialista, que garante que o sistema está totalmente obsoleto. Talvez por isso, como resume o 24 Horas em chamada de capa curta e demolidora, citando uma lei do Estado: Quem transmitir o vírus da gripe pode apanhar pena de prisão. A sanção está prevista no código penal e classifica o crime como de propagação de doença contagiosa. Foi feita a pensar nos doentes de sida e tuberculose e prevê uma pena de 3 anos de prisão. Uma pena que inclui, entretanto, os médicos que, sabendo da situação, não façam nada para travar o contágio.

E também os jornais económicos fazem hoje contas aos danos colaterais da gripe A… Diz o de Negócios: Saiba como agir e gerir em casa e nas empresas, a gripe A… diz ainda que o alarme público pode fazer parar as empresas e a economia.

Da economia ela própria, diz o JN que o Governo cerca os bancos na renegociação dos spreads... Entre outras coisas, pretende-se que os bancos incluam, ao menos, os custos dos produtos, que os clientes têm de subscrever, no crédito à habitação.

Da economia global , as notícias que vêm de Aquilla, não são as mais animadoras. Diz o DN, em título, que os líderes do G8 não se entendem sobre a crise. Ontem, na cimeira italiana, consegiu-se algum consenso em questões climáticas, já quanto à economia, parece mais difícil encontrar uma resposta concertada. Entretanto o presidente chinês foi obrigado a abandonar a cimeira e regressar a Pequim, por causa dos confrontos na província de Xinjiang. O agravar da situação levou-o a cancelar também a visita que tinha marcada para amanhã, a Portugal.

Outra história que merece destaque, na primeira do Público, é o anunciado sistema operativo da Google. A ideia é obviamente combater a hegemonia da Microsoft no sector.. Numa primeira fase este novo sistema operativo destina-se apenas a computadores portáteis de baixo custo.

Mais duas histórias soltas da actualidade nacional, que hoje merecem referência de primeira página… a manifestação de ontem, dos estivadores frente a S. Bento. Insultos ao primeiro ministro. E a proposta de responsabilizar e até punir os pais dos alunos faltosos, ou mal comportados. Pela capa do I , consta que a ideia original partiu de uma escola de Viana do Castelo. A proposta foi ontem debatida no Parlamento, mas parece que não foi longe. Só o CDS e o PSD se mostraram abertos à ideia.

Ainda e para acabar, na capa do jornal I, com todo o destaque especial lá pelas centrais… a história recente de Portugal… Portugal guardou napalm para atacar a Guiné. Fala-se num documento secreto, agora desclassificado, que indica que Portugal guardou uma reserva de napalm, como “dotação de emergência no teatro de operações” (estou a usar os termos técnicos que aqui vêm) no teatro de operações da Guiné, já depois do 25 de Abril. Enfim, o que a ser verdade não deixa de ser curioso, se bem que continue sem esclarecer, se o napalm foi ou não usado… antes do 25 de Abril. Durante a guerra, como arma de destruição em massa. Oficialmente, ainda não, apesar dos documentos oficiais que vão paulatinamente “queimando” aos poucos essa dúvida.

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