Vamos lá, então!


A partir de hoje, doravante e para o futuro, é aqui que podeis ficar a par e passo certo com a actualidade que realmente interessa, à medida que os gatos vão deixando os jornais do dia, ainda a cheirar a peixe, ao pé do Quiosque e à mão de semear da Maria Pandilha, uma vossa criada e criatura fortemente empenhada na livre circulação de informação, ideias e outras merdas.
Por isso as vendo ao preço que as compro, as notícias do dia.
Se cheiram a peixe, a culpa não é minha. Se quereis jornais a cheirar a tinta, comprai-os vós, que isto não é a Santa Casa, gaita!

Vamos lá, então.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

“Surto de gripe A fecha infantários e obriga Governo a pedir vacinas para 3 milhões” – é a manchete do Público e resume o essencial da situação. O JN diz que foram uma escola de Lisboa e um infantário nos Açores, os dois estabelecimentos encerrados por precaução e quarentena. Foi o caso de 5 crianças infectadas na escola de Lisboa, o que ditou a decisão do ministério da Saúde. Os 3 milhões da vacinas encomendadas hão-de servir 30% da população, pelas contas do ministério. Na capa do I, diz-se que os pais exigem agora o adiamento da abertura do ano lectivo, por causa do surto de gripe… Enquanto o DN acrescenta, que há juristas que defendem que as empresas devem continuar a pagar e por inteiro os ordenados dos trabalhadores, que forem forçados a ficar em casa de quarentena. E mesmo isso, a quarentena – haverá que justificá-la com atestado médico.

E depois Michael Jackson. O Showfuneral de despedida de Jackson – como escreve o Público. Que ontem, no Staples Center de Los Angeles, a cerimónia andou entre o tributo e homenagem com discursos de circunstância , comovidos e… a música, o espectáculo. Diz o JN que foi um funeral privado com homenagem pública.

Ainda no JN, outra história e esta a merecer a manchete do jornal. Diz assim: PJ acredita que luvas dos CTT foram parar ao PSD. O processo chega agora ao fim e fala-se num milhão de euros que terão acabado nos cofres do partido e de ex administradores dos CTT. Carlos Horta e Costa e Carlos Encarnação fazem parte do rol de suspeitos, diz ainda o JN. O Diário de Notícias puxa também a matéria para manchete. Caso CTT revela ligações perigosas entre Justiça e Maçonaria… Diz o jornal que há registo de chamadas onde um certo José Grácio, maçon confesso, promete a um dos arguidos do processo que vai recolher informações sobre a investigação do caso. No relatório final da Judiciária propõe-se uma acusação de gestão danosa dos CTT e aponta-se Carlos Encarnação, o social democrata presidente da Câmara de Coimbra, como suspeito de prevaricação. Ao todo há 52 arguidos neste processo . Um processo que, no essencial, passa por uma compra e venda de um mesmo imóvel, já há um tempo, lá em Coimbra, com uma surpreendente valorização e tudo no espaço de um mesmo dia, ou quase. A mais valia do negócio, as tais “luvas” de que se fala é o que falta explicar.

Na capa do Correio da Manhã, a notícia principal é a da nova lei, que obriga os polícia a fazer um seguro de tiro. Ou seja, que obriga os agentes a pagarem uma indemnização às vítimas de disparos. Esta é a denúncia dos sindicatos. A PSP ressalva que a lei se aplica apenas em casos em que os disparos forem feitos com armas particulares e não com as de serviço. O desenvolvimento vem lá mais para dentro e na página ao lado desta outra, que pede mesmo para ser lida.

Fala de um jovem de 21 anos, que foi ontem detido, acusado de ter ateado pelo menos uns 9 incêndios, só este ano, na Nazaré, Batalha e Porto de Mós… Para ver o espectáculo. Diz que para ver o espectáculo. Das chamas consumindo o mato, das sirenes dos bombeiros, dos rotores dos helicópteros. Diz que era quando regressava a casa, depois da festa com os amigos, que lhe dava para pegar fogo aos bosques. A polícia acha que não o fazia sozinho. Mas para já é o único suspeito detido.

De saída, deixo-vos com um pequeno enigma… Cito o Público, que por sua vez cita a ministra da educação, que terá dito que as más notas, por exemplo a matemática, este ano, foram culpa dos jornalistas.

Ora, antes isso, que, se tivesse sido culpa dos alunos ou até mesmo dos professores, seria bem mais preocupante.

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