É notícia de página inteira, na edição de hoje do Público e o título diz que o Governo português adjudicou o sistema de vigilância costeira a uma empresa suspeita de corrupção.
A empresa em causa é espanhola e chama-se "Indra".
Vamos aos factos e à notícia… escreve o Público, que o Ministério da Administração Interna acaba de adjudicar a proposta de fornecimento e instalação do SIVICC – o Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo da Costa Portuguesa - à "Indra", empresa que surge referenciada num caso de corrupção, num relatório divulgado esta semana pela Transparência Internacional – esta, com maiúsculas, o que a identifica como a entidade que anualmente faz o levantamento deste tipo de crimes, a nível mundial.
Reportam-se os factos ao ano de 2004, quando, segundo os autos, a "Indra" terá tentado corromper funcionários do SEF, durante um concurso para fornecimento de material informático ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. O jornal conseguiu confirmar, com a Judiciária e mesmo com fontes do SEF, a veracidade da história e conseguiu, pelo menos, ficar a saber que houve um inquérito, que acabou por seguir para o DIAP, com proposta de acusação formal. Mais que isso não se sabe… o jornal não conseguiu apurar o desfecho desse inquérito. Sabe-se só que a denúncia do caso foi feita, na altura, por um dos membros do júri de apreciação das candidaturas e que o concurso ficou suspenso, por causa dessa tentativa de corrupção. O aliciamento foi feito junto de dois funcionários do SEF; um deles, que era também membro do júri, já se reformou, entretanto. Do resto, nem a empresa, nem ninguém mais ligado ao processo quis adiantar, ao jornal, mais pormenores sobre esse caso em concreto.
Por isso ficamos com isto que temos… e o que temos são 3 dúvidas em aberto… a empresa é suspeita de tentar subornar dois funcionários, para conseguir um contrato de fornecimento de material informático ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras…
Ora bem, a tentativa, tudo leva a crer que falhou e depois?... Ou seja , venceram ou não o concurso, mesmo assim e apesar disso?...
E neste caso?... Foi o processo mais pacífico e transparente?...
E quanto ao material?... Fala-se na instalação de 19 radares fixos, espalhados pela costa portuguesa e num investimento de 30 milhões de euros… e o material é de confiança, garantido, funciona, ao menos?...
Quanto ao resto, corruptores e corrompidos… vamos a ver… se deus nos provoca e põe à prova, com tentações que nos podem precipitar no mais feio pecado… e se nós, incautos mortais, caímos nessa esparrela divina … será que isso, esse crime, essa queda, esse pecado faz de deus um pecador, ele também?… Enfim, sempre foi dele a iniciativa, a puta da ideia, pelo menos…
Pode não ter nada a ver, mas lembrei-me agora.
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