Vamos lá, então!


A partir de hoje, doravante e para o futuro, é aqui que podeis ficar a par e passo certo com a actualidade que realmente interessa, à medida que os gatos vão deixando os jornais do dia, ainda a cheirar a peixe, ao pé do Quiosque e à mão de semear da Maria Pandilha, uma vossa criada e criatura fortemente empenhada na livre circulação de informação, ideias e outras merdas.
Por isso as vendo ao preço que as compro, as notícias do dia.
Se cheiram a peixe, a culpa não é minha. Se quereis jornais a cheirar a tinta, comprai-os vós, que isto não é a Santa Casa, gaita!

Vamos lá, então.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Os deputados vão ter acesso a segredos de Estado. Até hoje só o 1º ministro e o presidente da República tinham esse livre acesso… A nova lei – diz o DN – abre agora esse acesso ao presidente da Assembleia e aos lideres e comissões parlamentares. Condição essencial- que o segredo se mantenha depois disso tal como estava – ou seja, em segredo.

A outra matéria de capa é ainda o caso da professora de Espinho… que na capa do DN admite fazer ela própria queixa da aluna que lhe gravou a aula e os impropérios… porque, segundo lembra e sublinha… a gravação é ilegal

Na capa do JN a matéria merece destaque com a manchete a dizer que a escola - a Sá Couto de Espinho é suspeita de encobrir este caso… A inspecção geral, diz o JN está a investigar o Conselho Executivo da escola, por alegado encobrimento de todo o caso, no caso – o das reclamações e denúncias do comportamento menos próprio da professora .

Na foto de capa, o JN já desceu entretanto até Coimbra para dizer que o futebol é uma boa ajuda na integração de jovens em risco, mas que o projecto que foi desenvolvido em 2 bairros problemáticos de Coimbra tem poucos apoios…

Ainda da capa do JN sublinho só mais esta , que o jornal resume em duas linhas: número de casos de cancro de pele duplicou em 10 anos.

E nos últimos 3 anos foram demitidos 26 professores. É já o Público a puxar também para a capa o processo disciplinar e o caso de Espinho. O ano de 2006 foi o pior de todos, com 21 casos de demissão por processo disciplinar.

Do mundo traz o Público essa decisão inédita da junta militar birmanesa de autorizar jornalistas e diplomatas a acompanharem o julgamento de Aung San Suu Kyi, a líder da oposição que volta a tribunal, desta vez acusada de ter permitido um estranho passar a noite em casa dela… o estranho, se bem se lembram, foi aquele americano que atravessou o lago da residência de Suu Kyi a nadar e acabou por ficar então uma noite em casa da senhora, a conspirar.

Na edição online do jornal I salta este título espantoso- raparigas afegãs envenenadas para não ir à escola… em resumo diz o jornal que nas últimas 3 semanas e em várias escolas do país as raparigas tinham sintomas que , para alguns, são evidentes de uma qualquer intoxicação ou envenenamento. Diz-se que as jovens estão a ser envenenadas para abandonarem a escola.. diz-se também que é normal ver afixados nas escolas afegãs cartazes alertando para os perigos da educação das raparigas.

Só para fechar atente-se na foto de capa do Jornal de Negócios e na legenda. A foto mostra 3 presidentes de 3 bancos conhecidos e acreditem que para o caso é irrelevante saber-se o nome dos bancos… porque o que está em causa é maior que os problemas que eventualmente qualquer um deles possa ter. ´

E da crise que se fala... da crise pandémico financeira. E diz a legenda que – aspas – banqueiros discutem saídas para a crise… e aqui, meus amigos, pelos sorrisos rasgados nos rostos, pelo ar de galharda bonomia com que se cumprimentam e saúdam… das duas uma, ou já encontraram a saída, ou já cagaram no assunto e agora vão mas é almoçar.

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