E hoje entramos pelo Jornal de Negócios.
Enfim, entrar mesmo.. ficamos à porta . E na página de rosto temos hoje no de Negócios dois títulos curiosos e quase enigmáticos. Primeiro este, que revela um surpreendente voluntarismo por parte do governo alemão e diz assim: Alemanha vai apoiar Portugal na suavização do programa da troika... O outro cita Ricardo Pais, que acha que a língua falada é um objecto de marketing que o Governo podia usar nas suas negociatas com o Brasil... O negociatas incluído vai com aspas. O resto da entrevista é lê-la no suplemento semanal deste Jornal de Negócios e lá dentro a conversa abre com esta frase de Ricardo Pais – estamos a perder o paradigma europeu da cultura.
Também o Económico destaca a disposição alemã em ajustar o programa de resgate a Portugal ... e aqui pode ser só uma questão de redação , ou pode ser um pouco mais que isso. Vejamos, no de Negócios diz-se que a Alemanha vai apoiar Portugal na suavização do programa da Troika.. Já aqui, no Económico se diz que a Alemanha está disposta a ajustar o programa.. e , lido assim, fica-se com a ideia de que será a própria Alemanha, por moto próprio a propor esses ajustes.. Ou seja, a dar sugestões , a substituir-se ela própria à própria Troika.
E agora o Jornal de Notícias... Europa ataca o nosso bacalhau.. diz a manchete... Acrescenta-se que a Noruega estará a fazer pressão junto de Bruxelas, para acabar com o processo tradicional de cura do bacalhau e substituí-lo por processos químicos, que não a salga... Diz também, que em Portugal muitos chefes de cozinha se mostram indignados e se juntam ao protesto dos industriais do sector.. Enfim, devagar, devagarinho, lá chegaremos.. eventualmente cheios de saúde, até ao Reino dos Douradinhos da Igloo...
Agora a boa notícia. Diz o JN que a indústria nacional do calçado está em alta e as exportações cresceram 16% no ano passado...
E chegando ao Público ficamos a perceber, que esse anúncio de ajuda alemã ao resgate português fez mesmo furor ontem em todas as redacções.. Também o Público o puxa para título maior.. Já emsub título se lê que hoje a Grécia está em greve geral contra a austeridade anunciada... e recuperam-se as declarações de Martin Shulz, quanto ao declínio de Portugal, se virar costas à União Europeia... Ontem, Schulz tentou explicar o que queria realmente dizer e a verdade é que, ouvindo as declarações originais, dificilmente se conclui que, o que disse, foi de facto o que diz que queria dizer, quando disse o que disse... Adiante.
De Espanha desce a notícia da condenação de Baltazar Garzón , o juiz que investigou os crimes do franquismo.. Acaba de ser condenado a uma suspensão de 11 anos, por ter utilizado ilegalmente escutas telefónicas, na elaboração do processo.
Na primeira do I, temos ainda a Alemanha a estender a mão, neste caso, ao que consta, a oferecer uma qualquer ajuda e temos ainda este outro título que diz que – Grandes da Banca cortam 9 mil milhões de crédito a empresas – Enfim, aqui talvez fosse útil definir o conceito de grandeza, antes de tentar perceber de que Grandes fala o jornal...
No Diário de Notícias, ficamos a perceber, aliás até temos as fotografias com legendas e tudo, retiradas da transmissão televisiva... ficamos então a perceber, que esse anúncio alemão foi feito em Bruxelas e à boca pequena, quase pelo canto da boca, pelo ministro alemão das finanças ao ministro português Vitor Gaspar. Deixem que leia as legendas... diz Wolfgang Schauble, o ministro alemão: se no final precisarmos de fazer um ajustamento do programa português nós estamos preparados... reponde Gaspar: agradecemos muito ... Conclui Schauble: de nada.
Chiça, digo eu. Adiante.
Mas no DN de hoje, deixem antes que vos fale da Amásia que vai engolindo o Oceano Pacífico, da ciência que dá vida a super heróis, de Fernando Pessoa como nunca o vimos e estas são as matérias de hoje nos suplementos de artes e ciência do DN.
No Correio, o escandalozito diário de hoje leva-nos até à ASASE – chefe da ASAE sob investigação.
E falta o Sol.
O semanário, que desta vez publica o resto que sobrou da semana passada da entrevista com Passos Coelho.
Em destaque cita-se o primeiro ministro dizendo isto – não sou bem pago mas não devo queixar-me...
E só por aqui, ficamos sem saber se alguém lhe perguntou o que pensava sobre o ordenado que ganha, ou se a declaração lhe saíu assim expontânea.. enfim, sem pieguice, mas como quem deixa o sublinhadozito, para que conste...
Como se diz... lançou a bisca.
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