E hoje porque hoje é Quinta temos a Visão e a Sábado,
E na edição desta semana, a Sábado leva-nos em visita guiada até à loucura, as intrigas e os escândalos das duas únicas rainhas de Portugal. D. Maria 1ª, e d. Maria 2ª. Lembra a revista que sobreviveram a tudo: tentativas de homicídio, traições na corte e até às manias sexuais dos homens da família.
Já a Visão dá o destaque às novas regras do mercado de trabalho e, de forma um pouco dramática até, resume a matéria neste título: TrabalhosForçados. Já em chamada de capa e com destaque bem mais modesto a Visão esta semana trás para contar sobre as novas terapias contra o cancro... dos tratamentos já disponíveis em Portugal e no resto do mundo e das investigações mais promissoras...
Quanto aos jornais diários... uma boa parte deles dedica-se hoje ainda às sequelas do acordo laboral acabado de assinar pelos parceiros sociais.
No Diário Económico, João Proença da UGT explica-se e justifica-se. Diz o sindicalista que se não tivesse assinado o acordo, seria bem pior para os trabalhadores portugueses, porque as medidas seriam ainda piores.. cita o caso da meia hora extra de trabalho, que acabou por ser riscada do acordo, o que, para JoãoProença, ao que parece, terá sido vitória bastante, para o convencer... Faz questão de sublinhar que, se houvesse conflituosidade social em Portugal podíamos cair numa situação semelhante à grega. Enfim, à grega e a de todas as outras, onde o mesmo cenário se repete e onde as pessoas perderam já a paciência. E, como se sabe, os protestos começaram já a sair à rua em várias cidades europeias, que não só Atenas... Acrescenta ainda que esta questão da paz social é a grande vantagem do acordo com o Governo. Acredita, portanto e eventualmente, João Proença que, tal como ele próprio, também os trabalhadores portugueses acham que, ter desistido da meia hora extra de trabalho, chega para garantir a paz social e transformar o acordo laboral mais aceitável.
No Diário de Notícias, em chamada de capa, temos este anúncio: Agência de rating europeia avança este ano. Acrescenta-se que, as conversações com as instituições financeiras portugueses, começam já nas próximas semanas... Diz também o jornal que já confirmou com a Rolland Berger Strategy Consultants - se não conheciam, fica apresentada... e que esta Rolland Consultants confirmou estar em negociações com vários bancos europeus, para criar a primeira agência de rating europeia.
A chamada de capa remata com este parágrafo curto e surpreendente: o objectivo é conseguir arrecadar 300 milhões de euros para o capital já no primeiro trimestre deste ano. Ora aí está! O objectivo destas primeiras conversas, entre os bancos e a tal consultora, claro está...
Já que o objectivo mesmo da futura agência espera-se que seja fazer o contraponto e apresentar o contraditório aos vaticínios, prognósticos, diagnósticos, prenúncios e augúrios das Standard's and Moody's das Ficth’s and Poor's. E por aí...
E no Público deixem que sublinhe este inquérito à democracia portuguesa. É um estudo inédito, o primeiro feito sobre a qualidade da democracia portuguesa... E os resultados indicam que a insatisfação está a aumentar.
56% dos inquiridos ainda acreditam que a democracia é o melhor de todos os sistemas e formas de governar... mas há 15% de portugueses que admitem que, em algumas circunstâncias, um governo autoritário é preferível a um governo democrático...
Deixemos as diferenças semânticas entre autoridade e autoritarismo... mas admitamos que, mesmo sem autoritarismo, aliás de preferência sem autoritarismo... Portugal agradecia talvez um pouco mais de autoridade... Aquilo que dispensa grandes efeitos ou salamaleques, mas que se impõe naturalmente e por si só. Com autoridade.
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