Vamos lá, então!


A partir de hoje, doravante e para o futuro, é aqui que podeis ficar a par e passo certo com a actualidade que realmente interessa, à medida que os gatos vão deixando os jornais do dia, ainda a cheirar a peixe, ao pé do Quiosque e à mão de semear da Maria Pandilha, uma vossa criada e criatura fortemente empenhada na livre circulação de informação, ideias e outras merdas.
Por isso as vendo ao preço que as compro, as notícias do dia.
Se cheiram a peixe, a culpa não é minha. Se quereis jornais a cheirar a tinta, comprai-os vós, que isto não é a Santa Casa, gaita!

Vamos lá, então.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Dias Loureiro constituído arguido, na capa do Diário Económico.

Manuel Dias Loureiro volta a ser capa de jornal e uma vez mais pelas piores razões.

Negócios com libanês tramam Loureiro, diz o Correio da Manhã.

Dias Loureiro só ontem percebeu os contornos dos negócios do BPN... diz o Público. Ontem, que foi quando Dias Loureiro foi ouvido pelo DCIAP, que lhe fixou termo de identidade e residência, como medida de coacção… Dias Loureiro investigado à parte e só pelo negócio de Porto Rico - diz o DN… o tal negócio, que pode ter beneficiado o próprio, em prejuízo do banco que representava, o BPN.

Adiante, que ele há mais mundo.

Na capa do I… outra história, se bem que o assunto não seja assim tão diverso… Nova fraude… diz a manchete… centenas de portugueses enganados em esquema financeiro… o caso já foi entregue ao Ministério Público… o caso da Forex, a empresa fictícia, que prometia lucros de 1% ao dia. Ninguém reparou, diz o jornal, nem os reguladores, nem os próprios clientes, que a Forex era mentira.

Nos económicos temos duas manchetes que se cruzam… a do Jornal de Negócios, que diz que o Estado paga pensões indevidas a funcionários… que a auditoria da Inspecção Geral das Finanças denunciou erros na Caixa Geral de Aposentações. Que há pensões que foram mal calculadas, que houve trabalhadores que se reformaram antes do prazo legal… No Diário Económico diz-se que o Governo revê pensões de reforma de 30 mil funcionários públicos… Adianta-se, que o estatuto de aposentação vai ser novamente alterado e que as pensões atribuídas desde Janeiro de 2008 vão ser corrigidas.

Na primeira do Jornal de Notícias a manchete vai para a lei da droga, que, segundo o jornal, foi alterada por um misterioso lapso. Diz o JN, que a alteração aconteceu numa recente republicação da lei de 93. E nessa alteração, descriminalizava-se a aquisição e consumo de substâncias psicotrópicas… o erro já foi corrigido. O juiz do Supremo, citado pelo JN, diz que a alteração à lei teve mãozinha marota.

De resto, hoje é dia de debate parlamentar sobre o estado da nação… todos os jornais dão conta disso. O DN diz que o Governo vai atacar investimentos do PSD…

O Público dá entretanto conta de um novo manifesto… desta vez, de empresários e economistas… 31 subscritores ao todo, que dizem que parar as obras públicas é hipotecar o futuro.

E de saída regressemos, sublinhando, esta outra história do “I”...

Ronnie Biggs, o ladrão do século, faz 80 anos em Agosto e deve celebrá-los na prisão

Em 1963 roubou quase 3 milhões de euros de uma assentada. Foi preso no ano seguinte e depois fugiu para o Brasil. Entregou-se á polícia em 2001 . A pena era de 30 anos e entretanto já cumpriu dez, desses 30 anos.

A notícia agora é que vai mesmo ter de cumprir a pena na totalidade, porque não se mostra arrependido.

Ronnie Biggs tem 79 anos, faz 80 a 8 de Agosto que vem. Na fotografia, que o jornal publica, ele aparece sorridente, erguendo para a objectiva uma caneca, onde se lê: “Ron’s Mug”. A caneca do Ron… ele próprio. Ele, que veste uma descontraída camisola desportiva de alças, mão no bolso e, como já se disse, sorriso rasgado. O ministro inglês da Justiça , Jack Straw, diz que Biggs não será libertado antes de tempo, porque não mostrou arrependimento.

Talvez também por isso, ele mereça o quase encómio de ladrão do século. Nem tanto pela quantia roubada, que disso já vimos feitos bem mais portentosos… mas pela atitude perante o feito… Assumindo, sem arrependimento, o crime cometido. Não pedindo misericórdias serôdias, nem mostrando arrependimentos de circunstância e conveniência… Um ladrão a sério, não desses que fazem o mal e a caramunha… Uns merdinhas!

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