Vamos lá, então!


A partir de hoje, doravante e para o futuro, é aqui que podeis ficar a par e passo certo com a actualidade que realmente interessa, à medida que os gatos vão deixando os jornais do dia, ainda a cheirar a peixe, ao pé do Quiosque e à mão de semear da Maria Pandilha, uma vossa criada e criatura fortemente empenhada na livre circulação de informação, ideias e outras merdas.
Por isso as vendo ao preço que as compro, as notícias do dia.
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Vamos lá, então.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Diz o jornal I, que relações gay podem fortalecer a evolução das espécies… explica-se depois, em sub título, que há um estudo americano, que sugere que o acasalamento entre animais do mesmo sexo favorece a selecção. Estamos portanto a falar de relações homossexuais entre, por exemplo, moscas e albatrozes… duas espécies onde esse comportamento foi identificado.

Ora, falar-se em relações gay entre moscas, parece-me levar o cosmopolitismo do conceito um pouco longe demais, mas não será grave. Vamos à notícia.

O estudo foi ontem publicado pela revista Trends in Ecology and Evolution – Tendências, ou se quisermos Inclinações na Ecologia e Evolução. E é nesse estudo que se diz, que as relações entre animais do mesmo género são garantia de força.

A verdade é que o assunto se arrasta, diz o I, desde o século 19, quando um estudioso francês encontrou, em plena cópula, dois escaravelhos macho. Esse comportamento foi observado, desde então , em mais de 1500 espécies animais.

O cientista norte americano, Nathan Bailey, responsável por este estudo , defende que essa atitude cria um contexto que distingue esses animais do resto da população e lhes dá a tal garantia de força. Cita-se o exemplo dos albatrozes… No Havai, perto de um terço da população de albatrozes vive em núcleos familiares – digamos assim – compostos de duas fêmeas e um macho. As fêmeas partilham as responsabilidades maternais e garantem maior estabilidade ao macho, que alterna entre as duas …

Uma investigadora portuguesa, Maria João Collares Pereira, disse ao I que, este comportamento e comportamentos semelhantes identificados noutras espécies, pode contribuir para assegurar a coesão da espécie, intensificando relações sociais e eventualmente a protecção da descendência… João Collares Pereira é especialista em biologia evolutiva e sublinha que os mecanismos da evolução deveriam , em principio, seleccionar comportamentos heterossexuais… os que obviamente garantem a descendência, por isso é que esta matéria, que agora se trás de novo à colação, tem sido tão amplamente debatida pelos estudiosos e investigadores. Investigadores, que agora se preparam para estudar em organismos modelo – por exemplo, moscas - estudar, dizia eu, se a homossexualidade é ou não, ou pode ser hereditária… Para o cientista americano Nathan Bailey, a compreensão dos animais, do comportamento dos animais é transversal à do ser humano…

Agora, deixem só que recue um pouco até ao parágrafo dos albatrozes,,, se bem se lembram, era de homossexualidade que se falava . Ora, o exemplo de duas fêmeas que vivem em concubinato com um macho soa mais a poligamia, que a homossexualidade… ou seja, nada indica nem obriga a que as duas fêmeas de albatroz se envolvam em amplexos amorosos , ou a arrastar a asa uma à outra, enquanto o marido anda lá na vida dele. Quanto ao albatroz macho, ele próprio... pois se, em vez de uma, tem duas fêmeas.. ou é só p’ra enfeitar o ninho e os filhos nem são dele, ou então... então, maricas sou eu e também não ponho ovos!

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