Ora vamos a contas. Diz o Diário Económico que o Fisco fixou a meta das 28 mil penhoras, sobre o património dos gestores. Explica-se depois que as contas, imóveis e produtos financeiros e prémios dos administradores de empresas, com dívidas fiscais, são os alvos da Inspecção de Finanças.
Ainda no Económico, Santos Ferreira, do BCP, diz que está disposto a revelar os salários da administração do Banco. Diz o jornal, que os lucros do BCP subiram mais de 600% no primeiro trimestre deste ano.
Outra matéria de capa no Económico é a situação no Bairro da Bela Vista, em Setúbal. Claro que a abordagem aqui não é tanto a situação tensa e de conflito, que se vive por estes dias no bairro, mas uma outra guerra mais surda e insidiosa. Diz então o Económico, que o desemprego no bairro da Bela Vista chega aos 30% da população residente.
No Jornal de Negócios, Saviotti processa Rendeiro.
Vamos aos factos: Um grupo de accionistas da Privado Holding, com Stefanno Saviotti à cabeça, tomou a iniciativa de processar o antigo presidente do BPP, por alegada burla e abuso de confiança. João Rendeiro – continua o de Negócios - disse ao jornal que desconhece a acção judicial, mas que a seu tempo tudo será esclarecido
Entretanto, os empresários parecem estar contra a nova lei de financiamento dos partidos. Os gestores querem transparência nos contributos e dizem que a nova lei é um passo atrás nesse propósito.
E a fechar a capa do de Negócios outra história de fino recorte. Mais de 15 milhões de euros estão desaparecidos da Oleocom. O jornal cita José António Santos, accionista da empresa, a maior importadora nacional de cereais. Diz que ninguém sabia da real situação das finanças da Oleocom. Todos confiavam no presidente Ramiro Raimundo. Só que, o presidente está desaparecido desde Março e com ele os tais 15 milhões de euros.
E no entanto – é manchete no Público –pior que do que já estamos é difícil… ou seja e por outras palavras… segundo o presidente do Banco Central Europeu, estamos a aproximarmo-nos do ponto de inflexão. Garante o jornal, ou neste caso Jean Claude Trichet, que já são perceptíveis, os primeiros sinais de optimismo, com o abrandamento da crise económica.
No Diário de Notícias é o caso Freeport que faz a manchete… Relatório diz que há indícios de pressões no caso Freeport. As conclusões desse relatório serão hoje apresentadas, ao Concelho Superior do Ministério Público e então se decidirá sobre a abertura de um processo disciplinar a Lopes da Mota, o presidente da Eurojust.
O JN faz manchete idêntica, acrescentando que o Procurador-geral da Republica poderá entretanto tomar uma decisão pessoal, para evitar mais fugas de informação neste caso.
O resto das capas, tanto de um como do outro – JN e DN - completam-se com a notícia da visita do Papa, ao Médio Oriente.
“Papa defende estado palestiniano”, na capa do DN e “condena o anti-semitismo”, na do JN.
E Fátima…
Na capa do Jornal de Noticias diz-se que são os bebés em cera, o que tem mais saída no mercado das figuras de cera para pagar promessas… isso e, claro, os já tradicionais pés de cera, mãos de cera, pernas de cera, cabeças de cera, corações de cera… Diz ainda o JN, que o Santuário de Fátima se prepara para receber entre 100 mil e 150 mil pessoas na peregrinação do 13 de Maio… já o DN aponta para um total de 350 mil peregrinos nesta noite de vigília que se aproxima… diz que as autoridades esperam 350 mil peregrinos… enfim, 100 mil, 150 mil, 350 mil… è muita fé junta!
Um milhão… esta é já outra história e faz a capa do Correio da Manhã de hoje… “Bela Vista custa um milhão em subsídios”. “Dinheiro do rendimento mínimo”. Diz o Correio, que 20% das famílias da Bela Vista recebe o subsidio do rendimento mínimo. Tendo em conta que, como já vimos aí atrás, 30% delas não tem emprego, sobra aqui uns 10% que lá se vai safando, como pode e sabe. Já o caso Freeport merece uma referência mais discreta… relembra-se que Lopes das Mota pode vir a ser alvo de processo judicial, mas acrescenta-se que o Procurador terá entretanto livrado – é assim que aqui está – livrado o ministro. O ministro em causa é Alberto Costa
No 24 Horas, a capa faz-se com os efeitos da crise nas televisões privadas portuguesas. Fala-se em cortes vários e ajustes pontuais e cancelamento de programas, por alegada falta de dinheiro para os suportar.
È pena ser esse o motivo, a falta de dinheiro. É pena pelos danos colaterais que isso provoca eventualmente em postos de trabalho e coisas dessas. Que, de resto, em relação aos programas, que o jornal dá como exemplo… Bem podiam ter já acabado há muito tempo, para não dizer que, alguns nem nunca deveriam ter ido para o ar, primeiro que tudo.
Mas isso… cala-te Maria Pandilha!
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