Vamos lá, então!


A partir de hoje, doravante e para o futuro, é aqui que podeis ficar a par e passo certo com a actualidade que realmente interessa, à medida que os gatos vão deixando os jornais do dia, ainda a cheirar a peixe, ao pé do Quiosque e à mão de semear da Maria Pandilha, uma vossa criada e criatura fortemente empenhada na livre circulação de informação, ideias e outras merdas.
Por isso as vendo ao preço que as compro, as notícias do dia.
Se cheiram a peixe, a culpa não é minha. Se quereis jornais a cheirar a tinta, comprai-os vós, que isto não é a Santa Casa, gaita!

Vamos lá, então.

terça-feira, 21 de abril de 2009

O Banco Privado Português pede 150 milhões de euros ao Estado, para evitar a falência… é o que diz o Diário Económico em manchete. Isto enquanto a Entidade da Concorrência nega a combinação de preços nos combustíveis.

Na primeira do Jornal de Negócios, os combustíveis ainda; só que aqui anuncia-se que os de marca branca já conquistaram 30% do mercado nacional português. Os genéricos contra-atacam!

O Diário de Notícias puxa para manchete o prejuízo acumulado pelo Fisco, em virtude da crise e da quebra do consumo… Menos de 995 milhões de impostos cobrados em 3 meses – diz a manchete. A diminuição do consumo é já visível no decréscimo de cobrança prevista de Imposto de Valor Acrescentado.

Com menor destaque, mas ainda em chamada de capa… Os 10 lugares mais poluídos do planeta. A avenida da Liberdade, em Lisboa é a mais suja de Portugal e toda a Ibéria.

O Jornal de Notícias puxa para a primeira a denúncia de que há autarcas em Portugal que pagam multas pessoais com verbas da Câmara Municipal. Do erário público, portanto. O tribunal de Contas terá já identificado vários casos. O secretário de estado do Tesouro, Carlos Pina, disse entretanto que os autarcas nessa situação deverão repor o dinheiro usado indevidamente e , adianta ainda o jornal, terá admitido, o secretário de estado do Tesouro que, “no máximo, poderá estar em causa responsabilidade criminal”… isto, de termos técnicos, é um mundo!...

Vamos lá pensar em voz alta! Se alguém paga despesas próprias com dinheiro de outros sem pedir licença a ninguém, a começar pelos próprios financiadores anónimos e involuntários… vamos dizer que, no máximo o que se pode imputar é uma responsabilidade criminal?!... No máximo, ou no mínimo?...

O jornal acrescenta entretanto, que o referido secretário de estado admitiu ainda que, a esses autarcas faltosos, podem vir a ser assacadas consequências disciplinares. Pois, do género quê? “Vá lá! Vá lá!”... Ou …“Ai, ai, os meninos!” …!?...

E depois, temos este achado arqueológico, que pode vir a parar as obras no Terreiro do Paço, em Lisboa.

Ao substituir-se uma conduta de água, acabou por revelar-se uma antiga muralha, diz que do século 17. É por isso que, segundo conta o Diário de Notícias, os vereadores sociais-democratas da Câmara de Lisboa querem parar as obras. Suspender as obras, é o que o jornal diz. Para isso há já uma moção, que será amanhã apresentada em Assembleia Municipal. Os vereadores do PSD vão exigir a António Costa que dê garantias –e aqui já se abriram as aspas – “que dê garantias sólidas e expressas de que é capaz de defender e salvaguardar o património histórico e arqueológico na cidade, solicitando desde já a suspensão das obras.”

Desde já… e depois?

O princípio e a preocupação são absolutamente legítimos, para ser perfeito faltava só acrescentar-lhe uma proposta alternativa de solução para este problema…

Mas fiquemos um pouco mais ainda pelo Terreiro do Paço.

É aí que vão ser instalados, pelas festas do 25 de Abril, os “Jardins Portáteis”. 45 Jardins Portáteis, diz o jornal. Coisa simbólica. Foram concebidos pelo artista plástico Leonel Moura e descrevem-se rapidamente… cada jardim é composto por um banco, com rodinhas e uma oliveira… estes jardins terão custado uns 70 mil euros à Câmara de Lisboa e vão ser instalados no Terreiro do Paço, sexta que vem e por lá irão ficar até ver… que o jornal também não sabe, diz que não há prazo para os retirarem de lá.

Agora a questão é outra… e dando de barato que, agora com a descoberta da muralha seiscentista, as coisas podem vir a complicar-se ainda mais ali pela beira rio… mas tirando isso… mesmo só com as obras em curso… tapumes e máquinas e pó e lixo… e ainda mais sendo portáteis… não se descobriria um sítio mais aprazível para colocar estes jardins efémeros?!...

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