admitamos que sim

E hoje na primeira página do semanário Sol, Passos Coelho é citado, dizendo coisas como esta: Temos de consumir menos e poupar mais. Ora, consumir menos, há quem diga que é o primeiro passo para a recessão económica.. Também há quem diga que não e há decerto quem não faça ideia nenhuma do que se está a falar. Adiante. 

Ainda o  primeiro ministro na primeira pessoa: Tenho aprendido muito com a Troika, mas a Troika também aprende conosco...  Como por exemplo?.. Bom isso, talvez lendo a entrevista, se fique a saber.

Na primeira do Público, em letra grande e peremptória temos este aviso: Vasco Graça Moura dá ordem a serviços do CCB para não aplicarem Acordo Ortográfico. Relembra-se entretanto  que as novas regras estavam em vigor durante a gestão de Mega Ferreira e acrescenta-se que Mota Amaral e outros deputados eleitos pelos Açores desafiam agora o Governo a suspender de imediato o  Novo Acordo Ortográfico.

Outro desataque de capa é a estreia do filme sobre os últimos dias de Margaret Tathcher.  Meryl Streep incarna a personagem da ex primeiro ministra inglesa.  Diz o Público que a dama que aparece nesta fita já não é de ferro e o seu mundo está a chegar ao fim... Tatcher, a mulher que adorámos odiar...

E em chamada de capa a notícia de que o BPI teve um prejuízo de mais de 200 milhões de euros, o ano passado. Aponta-se a culpa à crise grega... ou seja, o banco terá investido em dívida grega e as coisas não correram tão bem.. Diz o Público que foram vários os impactos negativos que levaram a esse prejuízo,,, um deles a transferência do fundo de pensões para o Estado, o outro a exposição à dívida grega. 

Também o I fala deste assunto e também aqui se sublinha o mesmo facto- diz assim: Gregos tramam BPI – banco de Fernando Ulrich teve prejuízo de 204 milhões de euros em 2011...  Ora bem a culpa é da Grécia.. como se dissesse que apostava no cavalo errado, perdia a corrida e a culpa era do cavalo e não minha que tinha falhado na aposta...

Provavelmente teria acontecido o mesmo ao banco de Ulrich se tivesse, por exemplo , investido em dívida pública minhota... Parece estranho, mas oiçamos o que diz a manchete do Jornal de Notícias – Minho está à beira do colapso... se o Estado não pagar o que deve às construtoras vai haver um cataclismo social. É o aviso do presidente  da Associação Industrial do Minho. 

No Diário de Notícias, depois de se falar de como Portugal se prepara para o frio que vem da Europa – e aqui é mesmo do frio metereológico que se fala, e não de outro qualquer tipo de calafrio que eventualmente desça desses lados dos Pirinéus... Mas o outro título de capa vai para a violência escolar e surge no seguimento da agressão a um professor de Gaia.. A história é de ontem e hoje o DN escreve que o PSD e o CDS querem dar poderes policiais aos professores.. por exemplo, o poder de reter um aluno na escola até à chegada de um policia a sério, isto no caso, claro, de algum comportamento mais violento ou menos próprio desse aluno dentro da escola. Para já, a razão maior para esta medida é travar os casos de agressões a professores,

Ainda no DN ficamos a saber que que os polícias exigem que lhes paguem os feriados. Acham que se os médicos vão receber horas extraordinárias, então os polícias também reclamam o direito a serem pagos pelos feriados em que estão escalados para o serviço.

E p'ra sair do DN, temos que, neste momento a China é já o maior investidor em Portugal... 6 mil e 500 milhões de investimento.., parece pouco, mesmo assim? Mas dá para cobrir as participações na EDP, na Galp e nos 25% da REN.... 

A manchete do Correio da Manhã tinha forçosamente de trazer outro colorido à actualidade e diz assim – Padre alvo de chantagem sexual – GNR apanha prostituta em flagrante no Minho... Acrescenta-se entretanto que o sacerdote conheceu a mulher num anúncio erótico e que já confessou que nem sabe quanto dinheiro lhe terá dado... aliás –correcção— vamos ler o que aqui está--- conheceu mulheres em anúncio e não sabe quanto dinheiro lhes deu...

Na primeira do  Económico, Fernando Ulrich, na primeira pessoa, diz que não tem orgulho em ter comprado dívida grega... Porque foi mau negócio, como já percebemos.. Se bem que, comprar dívida soberana a juros especulativos a um país que vive com a corda na garganta, dá-me ideia que não será motivo de orgulho para ninguém. Aliás e ainda mais se o negócio se revelar altamente rentável e lucrativo para o agiota que investiu nesse mesmo negócio...

Já no de Negócios, o jornal, a manchete cita Medina Carreira que considera que os patrões estão tão falidos quanto os empregados.

Haverá, apesar de tudo, uma pequena diferença, quanto à forma como cada um vai conseguindo dar a volta à situação.. admitamos que sim.