Entremos pelo Correio da Manhã... Crime cada vez mais violento - grita a manchete. Dados do Relatório de Segurança Interna revelam que os delitos contra pessoas continuam a aumentar... e como, se viu, aumentar também em violência. Vamos a números ...em dois anos, os homicídios subiram em 14% , as violações em 25% e os sequestros em mais 70%.

E depois...  depois, como que a reiterar a manchete do Correio temos o DN a dizer que a linha SOS Criança responde  a 10 queixas por dia e a publicar logo ao lado deste título a foto de Tiago Puga, o jovem de Viana do Castelo que foi linchado e morto por populares em retaliação por actos de vandalismo, alegadamente dele próprio e de outros jovens da cidade...  Temos o Público a dizer que há quase uma queixa de violação por dia... Temos o 24 Horas puxando para a capa, a propósito de violações e no caso, a propósito também do violador de Telheiras..  “Como doutores e engenheiros viraram criminosos.” O alegado violador de Telheiras é engenheiro, como se sabe, o jornal recorda então mais dois casos de engenheiros envolvidos em crimes violentos. Um que decapitou a mãe e guardou a cabeça no frigorífico, um outro que degolou a namorada... a matéria é desagradável quanto baste, mas a vida é assim, mesmo, sem retoques. E no JN o DIAP do Porto está sem verbas para combater crimes económicos... porque há falta de peritos nas áreas financeiras e do urbanismo, que são onde há mais problemas... Curiosamente são também do distrito do Porto os dois detidos por tráfico de tabaco. Um é polícia o outro um conhecido empresário de Gaia.

Outra manchete na primeira do JN de hoje vai para o acidente nas obras de alargamento do IP4, em Amarante. Desconhecem-se ainda as causas da queda do viaduto, sabe-se que feriu 8 operários e obrigou ao corte da auto estrada... é o quarto acidente deste género em 4 meses... É também matéria de capa no Público que acrescenta que foi o troço entre Vila Real e Porto, o que esteve cortado durante algumas horas. O acidente aconteceu já eram 8 e meia da noite.

Na primeira do I, o diagnóstico é demolidor... Portugal está doente e os portugueses nunca mais serão os mesmos... Isto porque segundo o jornal a crise potenciará a frustração, a tristeza, a agressividade e a indiferença...  Longe vá o agoiro e vamos às histórias soltas... ainda no I, sublinho esta... a manutenção da TAP dá lucros em Porugal e prejuízos no Brasil.

As ajudas à Madeira e ao Haiti já somam 8 milhões de euros – diz o Público, diz também que professores e alunos estão cépticos quanto ao processo de Bolonha, que está a fazer dez anos de vida. Hoje 46 países juntam-se para fazer o balanço do processo. Há quem diga que Bolonha foi só uma maneira de algumas universidades aumentarem as propinas...  No DN, o PEC passou o primeiro teste internacional, a OCDE já disse que sim senhor, pode ser, vamos lá então... NO JN Cavaco Silva diz que não tem razões políticas para demitir o Governo, se bem que na primeira do Correio se diga também que Cavaco Silva duvida da verdade de Sócrates...isto quanto ao caso TVI... Ou seja como for e uma vez mais  que sim senhor, pode ser, vamos lá então. 
E faltam os económicos. Empresários querem medidas mais duras para descer o défice, na primeira do Económico... onde Cavaco afasta entretanto o cenário de eleições antecipadas.. já vimos porquê... porque não há razões políticas para o fazer  e ficamos também a saber que Américo Amorim volta a ser o português mais rico do mundo...

E à laia de informação útil, o Económico publica hoje também tudo o que se pode descontar para pagar menos IRS

O de Negócios  diz que os gestores portugueses estão irritados com os anunciados cortes nos prémios... Isto pelo menos nas empresas em que o Estado é accionista, claro está...

Em discreta chamada de capa anuncia-se também que o presidente do Supremo Tribunal Administrativo, Lúcio Barbosa, acha que a arbitragem fiscal ameaça privatizar a justiça a favor de grupos económicos, deixando de fora o contribuinte vulgar.

E para fechar... uma efeméride. O 11 de Março,  35 anos depois... na foto, descendo a rua do Ouro em Lisboa a manifestação é dos bancários... lê-se numa das faixas erguidas pelos manifestantes... os trabalhadores do banco totta e açores regozijam-se pela nacionalização da banca. A partir daqui, o jornal recorda, por exemplo, o peso do Estado ao longo da História mais recente, de Salazar a Vasco Gonçalves e até hoje e ao governo de José Sócrates... lembra também quanto ganhou, na altura, quem comprou acções nessas privatizações da banca.