“Governo suspende penhoras a quem tiver salários em atraso” – é a manchete do Diário de Notícias de hoje.

Depois, vem o subtítulo e aqui deixo ao vosso critério escolher o sub título que preferirdes… este, que vem na capa e que diz que o “Estado passa a substituir-se aos credores e senhorios para pagar as dívidas”… ou este outro, que vem lá dentro, onde a matéria é desenvolvida e onde se diz que o “Estado passa a substituir-se aos devedores para pagar aos credores e senhorios”…

De resto, acrescenta-se que quinze dias de salário em atraso são o suficiente, para evitar execuções fiscais de carros, contas bancárias e penhoras comerciais sobre bens, como móveis e electrodomésticos. Os despejos por falta de pagamento de rendas das casas também não são permitidos. A decisão está no regulamento do Código do Trabalho , conferindo assim esta protecção ao trabalhador, em caso de não pagamento pontual da retribuição. Também a venda de bens penhorados por dívidas fica suspensa, ao abrigo desta medida de protecção.

O resto da capa do DN de hoje faz-se com o anúncio da sentença de Bernard Madoff… 150 anos de prisão. Pena máxima para a maior fraude financeira de sempre.

E no vizinho JN, a manchete reparte-se entre esta sondagem da Universidade Católica, que dá a Rui Rio mais do dobro dos votos de Elisa Ferreira… Diz o JN, que a coligação PSD/PP reforça a maioria no Porto e deixa os socialistas em grandes dificuldades…

E depois, Michael Jackson. A mãe do cantor ou a ama … qual delas ficará com a custódia dos 3 filhos de Michael Jackson?... Já se ouviu dizer, que as crianças preferiam ficar com a avó, mas consta que a ama reclama também direitos sobre a tutela..

O Público… Madoff na primeira pessoa: “Deixo um legado de vergonha”. É curiosa a fotografia que o Público hoje puxa para a capa. Bernard Madoff de 71 anos, aqui, na foto tirada pela polícia… E o que é curioso é que aqui, nesta foto tirada pela polícia, Bernard Madoff já dá mais ares de bandido… enfim, já se parece mais com o fora da lei, que de facto é.

Do resto, temos que os portugueses estão mais individualistas, mas com menos preconceitos…Diz o jornal, que é a conclusão a que se chega, ao ler o relatório da Universidade Católica, que vai hoje ser apresentado publicamente. O inquérito avalia a evolução dos valores sociais em Portugal nos últimos dez anos. A última vez que se fez um inquérito destes foi justamente em 1999… Ora então… mais individualistas, mas com menos preconceitos… Ora aí está um casamento curioso… enfim, se tirássemos dali o MAS ficava melhor.

Ainda na primeira do Público, um título que vale por um esconjuro. Diz assim: “Governo vê o princípio do fim da crise com aumento da confiança”. Cita-se entretanto o ministro das Finanças: ”... a crise vai ter um fim, vai acabar, não vai durar sempre.” E que, o tal aumento de confiança detectados em alguns sectores da economia, são sinais disso mesmo. Do princípio do fim… da crise, claro.

E depois, cada um dá como pode, a volta à crise. Os bancos, por exemplo. Diz o Correio da Manhã, que estão a triplicar as margens de lucro… isto, para compensar as quebras das taxas Euribor… Já tínhamos ouvido muitos clientes queixarem-se, com espanto, disto mesmo.. O Correio da Manhã repesca a história para manchete… “os novos créditos à habitação têm os spreads dos juros mais altos para compensar as quebras das taxas Euribor.”

Quanto a Michael Jackson… o Correio publica já a decisão do tribunal de Los Angeles, que deu provimento ao requerimento da senhora, permitindo que se entregue, à mãe de Michael Jackson, a custódia dos netos.

Na primeira do Diário Económico, avançamos um pouco mais…e aqui, Teixeira dos Santos surge em fotografia a anunciar que estamos.. já não no princípio do fim, mas chegando já ao fim, propriamente dito, da crise, ou, se quisermos, ao fim da crise, propriamente dita… uma vez mais, escolhei o que melhor vos soar…

Está quase.

No 24 Horas, Miguel Sousa Tavares arrasa o argumento de “Equador”, a telenovela criada a partir do livro homónimo dele próprio. Diz que inventaram muita coisa e, diz o 24 que, faz críticas duras… curioso fazê-las agora, quando a telenovela está quase a acabar.

E faltam o I e o Jornal de Negócios…e mesmo para acabar deixo-vos de novo com a opção de escolha… Diz o de Negócios, que a pena de Bernard Madoff, 150 anos de prisão efectiva, foi uma pena histórica… no I, cita-se o juíz, que julgou o caso e fala-se em pena simbólica. Simbólica, mas efectiva… apesar de pouco realizável.

Simbólica mesmo seria se agora, que a sentença foi lida, o deixassem ir para casa tranquilamente. Mas isso, vocês é que sabem.