Vamos lá, então!


A partir de hoje, doravante e para o futuro, é aqui que podeis ficar a par e passo certo com a actualidade que realmente interessa, à medida que os gatos vão deixando os jornais do dia, ainda a cheirar a peixe, ao pé do Quiosque e à mão de semear da Maria Pandilha, uma vossa criada e criatura fortemente empenhada na livre circulação de informação, ideias e outras merdas.
Por isso as vendo ao preço que as compro, as notícias do dia.
Se cheiram a peixe, a culpa não é minha. Se quereis jornais a cheirar a tinta, comprai-os vós, que isto não é a Santa Casa, gaita!

Vamos lá, então.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Ora, a história merece apenas uma breve notícia de dois parágrafos, nas páginas do DN de hoje. Tem a ver com a recente eleição das 7 Maravilhas de origem portuguesa no Mundo e tem a ver, no caso, com a eleição de dois monumentos edificados na Índia.

Diz o jornal que uma auto-denominada Associação dos Combatentes da Liberdade de Goa está contra a eleição da Basílica de Bom Jesus, na velha Goa e a Fortaleza de Díu.

No caso da Basílica, alegam que foi construída com “trabalho escravo” e , para além disso, foi construída com materiais da região, pelo que não se pode falar em monumento de origem portuguesa.

Ora, no caso da Basílica de Bom Jesus, o monumento já é classificado pela Unesco, como Herança Mundial da Humanidade. Não é seguro, mas, quem sabe, se o facto de ter sido construída por trabalho escravo, lhe acrescenta também algum valor histórico… Ou seja, esse pormenor talvez não seja de facto tão irrelevante quanto isso. Talvez essa circunstância seja até de realçar e não esquecer, para que a História, pelo menos nesse particular, se não repita. De resto, também não é absolutamente seguro, mas corre o sério risco de ser verdadeiro, que muitas das grandes obras , das pirâmides de Gizé, aos Jardins Suspensos da Babilónia… foram construídas por trabalho escravo.

O argumento que sobra, no protesto desta Associação dos Combatentes da Liberdade, é que os edíficos em questão foram construídos com materiais da região, daí não se poder falar em monumentos de origem portuguesa. Aqui poderia invocar-se o adágio que aconselha a que se não tome a árvore pela floresta… mas, tendo em conta a proximidade geográfica, prefiro o provérbio chinês, que diz assim: “quando o sábio aponta para a lua, o idiota olha-lhe para o dedo.”

Entretanto, relembre-se que, patriotices aparte, a eleição das 7 Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo propunha-se, entre outras coisas, chamar a atenção e talvez salvar da morte certa monumentos e sítios, que se encontram, nalguns casos, em avançado estado de degradação e ruína.

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